DANÇANDO NA CHUVA

Já, passei por esta esquina.

Lembro-me que não existiam, estas construções; eram: ranchos, pequenas choças, casebres sombrios, este rio não existia...

No lugar daquela arvore, existia, um garrancho um cipó, um torcido de galhos, quase sem vida, de sede ressequida.

Gente de pé, por aqui não se via, lembro-me bem eram, tristes os passantes, muitas vezes, errantes que nem, malas tinham, eles iam e vinham, de ombros curvados, olhos tristes parados, não enxergavam o amanhã.

Um errante, aportou.

Tinha olhos brilhantes, cabelos ao vento, bem torneado - sacudido o danado!

Tinha, sede e cavou - agua encontrou.

Tinha fome, colheu, o que de vida o garrancho cipó, já quase sem vida, cedeu.

E refeito, pra lida agradecendo a guarida, o descanso não quiz...

...e se pos a arar, plantar, e escavar,

no fim daquela jornada, com as belas mãos calejadas,

do cabo da enxada, um gole d"agua bebeu.

Não curvou a servis.

Os dias se repetiram, os esforço inuteis, pareciam

Mais certa manhã, que alegria, ao longe, como canto e poesia -

Viu corado, e com alegria o campo, ao longe ardia em verde os broto se davam.

O cipó quase sem vida, por ter servido, comida, fora feito de mascote,

fora com gosto adubado, afofado e acarinhado com fresca agua da fonte.

Se mostrou um roseiral, seu galhos torcidos e tesos,

mostram, brotos em meio a tenros espinhos.

Pra quem por ela passar, com sede, fome ou desabrigo, possa mais tarde lembrar, que em se cultivando, a vida ela com certeza, a de dar

paz, alegria e guarida, aos errantes certeiros, e os convida a ficar.

Cida Cortes
Enviado por Cida Cortes em 18/08/2009
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