A mosca do amor

Todos na sala de aula fazendo prova de Geografia. Ricardo está tentando se concentrar para ver se tira pelo menos 8,5 na prova. Um silêncio geral. Todos quietos. De repente uma mosca vem voando e pousa perto da prova de Ricardo. Sem problema. Então vem um mosco (o masculino de mosca de acordo com nenhuma gramática) e pára a uns dez centímetros da mosca e começa a se aproximar. Quando chega perto, ela voa para longe.

Ricardo ignora as moscas e volta sua atenção para a prova. Porém mais uma vez a mosca vem e pára dessa vez perto da mão de Ricardo. Ele também pára e fica a observá-la. E lá vem de novo o mosco. Ele se aproxima devagarzinho... até... que... ela voa para longe.

Ricardo respira fundo e volta a responder sua prova. Ou quase, porque novamente a mosca vem e pousa em sua mão. Ele fica tenso e paralisado. Antes que ele a enxote, o mosco surge novamente. Ele vem se chegando devagar... devagar... devagar... até que... a mosca voa para longe de novo.

Agora Ricardo está irritado. Volta mais uma vez a fazer a prova. Quase de novo, porque a mosca vem mais uma vez e pousa perto da caneta. Ricardo prende a respiração e começa a se irritar. O mosco vem mais uma vez, devagar... se aproximando... devagar... bem devagar... a mosca se prepara para voar para longe de novo... quando...

Ricardo não se controla mais. Ele solta um suspiro forte, bate na mesa com força e grita:

- Dá logo uma chance pra ele! Você não vê que gosta de você?!

Todos na sala olham para ele. Vergonha. Ricardo se encolhe na cadeira quando escuta:

- Tá bom, ta bom!

É a voz de Cristiane que se levanta, vai até onde Miguel está e diz:

- Tá bom, Miguel! Eu aceito namorar com você.

Miguel sem conter a alegria, olha para Ricardo e agradece balançando a cabeça. Ricardo não entendeu nada.

Ed Lewis
Enviado por Ed Lewis em 18/08/2009
Reeditado em 28/08/2009
Código do texto: T1761192
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