DA AMIZADE SEGUNDO ARISTÓTELES

Quisera eu que Don Gossett tivesse razão e houvesse poder em minhas palavras. Mas que nada! Nem eu mesma delas me convenço.Talvez me falte a razão e o desejo. A razão é importante por fornecer os meios para compreender a realidade, solucionar problemas, projetar a ação e reavaliar o que foi feito. O desejo é a energia, a vibração, é o que põe o mundo humano em movimento.

Eu vou pra lá, vou pra cá, mas haja o que houver, permanecerei aqui, buscando refúgio nos braços dos meus “velhinhos”, como apelidou os meus filósofos, a nossa querida escritora aqui do Recanto, Malu. E por ter a Malu em conta de uma amiga, lembrei de Aristóteles, que inclui a amizade dentro da doutrina das virtudes morais e distingue três tipos de amizade, que correspondem aos três tipos de objetos dignos de afeto: o bom, o agradável e o útil. Segundo ele, as amizades baseadas na utilidade mútua têm curta duração, pois acabam quando as capacidades ou necessidades de uma das partes mudam, não podendo mais ser atendidas pela outra parte. As amizades baseadas no prazer mútuo, ou seja, no prazer que cada um dos amigos proporciona ao outro, também podem ser facilmente dissolvidas e são base das relações sociais em geral. A amizade entre indivíduos bons, semelhantes em virtudes ou excelência, que desejam o bem um do outro, por causa do outro e não por motivo menor, é a verdadeira amizade. As atitudes de cada um são determinadas pelo que o outro é e não por razões acidentais. A verdadeira amizade inclui os outros dois tipos, uma vez que sendo uma relação boa por si própria e boa para o outro, é, como conseqüência prazerosa e útil.

Aristóteles acreditava que a amizade é a mais importante realização da vida dos seres humanos, pois seus benefícios se estendem a toda a sociedade.

Este é o pensamento de Aristóteles que o professor Schmitz me ensinou .

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 19/08/2009
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