E agora multidão? Eagora cidade?...

E agora multidão?E agora cidade?

Os dia estão nublados,estamos em plena festa do fim do inverno,

ainda caminhamos pelas gramas cinzentas,plantadas pelos vermes.

A cidade!Corre,grita,anda em lentidão,a multidão agoniza.

O sofrer me leva ao labirinto da investigação,sou um perito ambulante,no instante em que a cidade me observa.

Choram as flores,a água seca as gotas,as praças dormem,

os artistas voltam ao tribunal da inquisição,enquanto a

juventude senta em cima dos diplomas.Falta o pão e também a

canção.

Em meio aos passos sem passos,encontro a passarela,e nela,

desfilam os faraós do sertão,mais a diante chega os coronéis,

os ditadores de capa escura ,o pão e o circo é a paisagem

"caminha" a política.

O momento silencia a alma humana que me veste,

abro um livro,folheio páginas,encontro Drummond;se você

gritasse,se você gemesse,se você tocasse a valsa vienense...

Observo atentamente a alma do autor,me perco e me procuro.

Cadê vc e eu?onde estão os homens?em que esquina está Marias e joãos?

Agora sigo nos braços da reflexão,eu plebeu,eu átomo pensante,

eu carne frágil,eu medo,eu gente,eu interrogação;nós podemos voar.

Acordemos vilarejo,vamos na valsa do amor.(Érika)

erikapoetisa
Enviado por erikapoetisa em 20/08/2009
Código do texto: T1764324
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