Cada Um Com Seus Cada Uns

Dentro da metrópole, pessoas circulam lado a lado e não se apercebem quão semelhantes e iguais são.

Uns correndo para o trabalho, outros chegando em casa, uns que cuidam dos filhos e outros que apenas respiram.

Maria dentro desse quadro era vendedora de Avon, e seu marido trabalhava como garçom numa empresa sólida, e que gostava muito dos seus serviços, este funcionário efetivo há quase dez anos, o que deixava a sua patroa segura, o que é difícil no mundo dos negócios.

O Severino queria muito um adiantamento de mil reais, queria fazer uma surpresa à família, e ira aproveitar as ofertas do dia das mães.

Ao falar com sua a sua empregadora, ela o indaga sobre a sua compra, que faria com dinheiro, e ele fala, que seria para comprar um som, grande, potente, daqueles que se escuta a distância.

Dando as costas, e sua chefa ficou pensando, não tem uma casa própria, nem um carro, nada na vida, mas será dono de um som, melhor do que eu possuo, mas apesar de não concordar com a compra, concede-o.

Levanta-se, pega a chave do seu Corola, e vai direto para o salão, teria que dar uma arrumada no visual, e tudo que precisava era, escova definitiva, unhas de gel, depilação, e pra fechar o pacote, uma massagem, abre a bolsinha Prada, passa o cheque de mil reais, e sai feliz.

Pois é cada um com seus cada uns...