VOO 80 VOLTA À TERRA

Algum dia vocês fizeram uma viagem às nuvens e lá permaneceram sonhando por horas e dias? Pois é, empreendi essa viagem no domingo, dia 6 de setembro, e só agora o avião 80 começa a taxiar no aeroporto da realidade.
Foi um dia de surpresas sobre surpresas.

Pela manhã, bem cedinho, começou a bela festa nos Salões Verde e Azul da casa da Milla. Quanta gente bonita compareceu!... Houve bolo na sala da Clara, poesias em quatro cantos do Recanto!Em casa, recebi rosas enviadas pela querida Kathleen.
Deixei o computador e fui à Igreja, pois não poderia deixar de agradecer ao Criador pelo dom da vida. Mais surpresa me esperava: o Padre Expedito, nosso querido pároco, incluiu meu nome nas intenções da Missa e durante a homilia me deu uma bênção especial. O meu voo já estava começando, sem previsão de chegada e retorno.
Hora de almoço. Havia sido combinado que iríamos almoçar em casa de minha neta e que à noite, se aparecesse algum amigo, serviríamos um lanche.Fui, já um tanto desconfiada. Logo que chego, fui recebida com o "Parabéns para você", tocado por um grupo musical .
Nesse momento, fui direto para as nuvens. Salão cheio. Já levitando, fui de mesa em mesa cumprimentando os amigos e familiares.
Foram momentos de imensa alegria. Pude rever amigas de infância, colegas de trabalho, companheiras de catequese, familiares meus e de genros e noras, vizinhos... Imaginem minha emoção ao encontrar minha tia Dora, irmã de minha mãe, que compareceu com a família! Havia pessoas vindas de Itabira, de Montes Claros, da Bahia.E que dizer da presença de uma deusa? A Ceres, minha amiga do Recanto, com toda sua costumeira alegria.

Agora, que acabo de pisar em terra firme ,fico pensando: Há 80 anos nasci numa cidadezinha de interior, a minha Itabira. Ali cresci, estudei, casei, tive filhos. Mas também fiz amizades. Dessas,  quatro estavam presentes no meu almoço:Favita, amiga desde os três anos e meio; Aurora, minha colega desde o curso primário; Onília, vizinha, companheira de infância e prima de meu marido; Maria, amiga de infância e irmã de meu marido.

Fico feliz, ao ver que acompanhei a evolução da vida. Conservei amizades, iniciadas através de muro de casa caído, de brincadeiras de quintal, do Colégio Nossa Senhora das Dores de Itabira, do Instituto de Educação de Minas Gerais... Não só conservei velhas amizades,  do tempo em que se escrevia com caneta e pena molhada no tinteiro, mas também fiz novas e, por incrível que pareça , através do Recanto das Letras. A  Ceres  é a comprovação dessas novas e gostosas amizades.
Além das presenças queridas, recebi um sem número de telefonemas,do Brasil, dos Estados Unidos, do Japão...

Haja coração! Houve e aguentei firme. Hoje volto à rotina: Banco, Supermercado, afazeres domésticos e, o mais gratificante, ler os amigos do Recanto.

Resta-me agora agradecer a Deus pela vida, pela família, pelos amigos, presentes que Ele me deu pela gratuidade de Seu amor.