De Marte à Etiópia

Esther Ribeiro Gomes

Por que buscar vida em Marte, se a vida está aqui e ninguém cuida dela? O que vive buscando o homem?!

Podem argumentar que há necessidade dessas viagens espaciais, há que se conquistar o espaço, que essas descobertas trarão benefícios à humanidade, etc, etc, etc...

E os seres humanos que habitam neste planeta? Esses nós conhecemos, existem, são palpáveis... Buscar vidas em outros planetas, para que? Como bem disse o poeta, não cuidamos nem das nossas! Dizem os cientistas que esse raciocínio é simplista... Pode até ser, mas o que interessa mesmo, não é salvar a humanidade? Quando findar esta vida breve, Deus nos indagará: ‘O que fizestes pelo teu próximo?’ Então, responderemos:

- ‘Senhor, em nosso planeta Terra, os homens vivem em guerra!

Há muita desigualdade, alguns milionários e muitos paupérrimos! Em algumas regiões, a miséria é tanta, que o povo morre de fome e em outras, há desperdício de alimentos... A violência aumenta a cada dia e o homem desmata as florestas, movido pela avidez do lucro e se curva ao poder do dinheiro! No planeta terra, o egoísmo impera! O ‘ser’ não tem valor algum, o que importa mesmo é ‘ter’! Cada vez mais, os homens, insaciáveis, almejam o sucesso, o poder! E o Senhor bem sabe Pai, como eles são efêmeros! Os bens materiais se sobrepõem aos bens espirituais! Os fins, para eles, justificam os meios’...

Gastam-se bilhões em experiências atômicas e em viagens interplanetárias e há tanta gente necessitada aqui na terra...

Em vez de viajar para Marte, que tal viajar mais perto, para Etiópia, Afeganistão e outras regiões onde há vida sub-humana?

Que tal formar cidadãos dignos, erradicando a fome em nosso planeta, em vez de gastar bilhões em experiências atômicas? Que tal construir em vez de destruir? Aonde o homem quer chegar?!

Se não construir a paz entre os povos, em vão buscará a felicidade!

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 16/09/2009
Reeditado em 02/08/2011
Código do texto: T1814426