TEM UMA CASCA DE BANANA EM MEU CAMIN

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É quase isso o que diz João Roberto Gretz em seu livro "Voando como a Águia" ele quer demonstrar que o homem tem de ver as coisas e seus objetivos com segurança e agir com presteza como o fazem as águias.

Embora saibamos que a toda ação corresponde uma reação igual e de sentido contrário. E que essa lei não é só da física, e sim universal..

E assim é o pensamento das pessoas que vêem o futuro não como uma águia, mas como um rato que diz, tem uma águia no meu céu, por terem medo de porem a cabeça para o lado de fora, não arriscam mesmo no caminho que lhes pertence.

O motivo desse temor é que o caminho é do rato, mas o céu é da águia. Ela não tem predador em seu mundo mais o é, no dos ratos.

Um rato por mais que se esforce nunca será uma águia, e uma águia nuca teve vontade de ser um rato, muito embora viva sem laços familiares passados e futuros, diferente dos ratos que em colônias vivem com os avós e netos.

A filosofia de Eclesiaste 4 vc 9 e 10 diz: é melhor dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais. Se uma delas cai, a outra a ajuda a levantar. Mas se uma pessoa está só e cai, não tem quem a ajude.

Que bom se a águia e o rato pudessem compartilhar o mesmo mundo. E não nos dá como exemplo a solidão desvinculada de uma espécie e o vínculo social da outra.

Os homens querem ser águia e rato ao mesmo tempo. Nunca vai dá certo, águia é águia e rato é rato. Fruto da própria cadeia sócio econômica do mundo.

Mais os ratos também têm direito ao sucesso e ao respeito, até da águia que os vêem comendo através dos tempos.

E é bom lembrar que a águia como espécie está em extinção, apesar de ter a imensidão ao seu dispor, enquanto os ratos se multiplicam invadindo territórios, "até trombas de elefantes". Sem a galhardia ilusória lá das nuvens, mas com os pés firmes em seus buracos.

Teoricamente as aves "águias" de rapina deveriam ser chamadas de predadores como os lobos, as hienas e tantos outros.

Mais são bonitas e ficam dando seus gritos lá no alto e servindo como símbolo de liberdade para sonhadores, quando na verdade estão a espreita de uma nova vitima.

Garanto que com toda sua majestosa imponência, daqui a mil anos poderemos não ter águias, mais com certeza teremos ratos.

Pois elas não se deram conta de nós, "as cascas de bananas no caminho entre o céu e a terra" e com o olhar fixo em seus objetivos imediatos não tiveram competência de ver o futuro.

O brilhante professor escreve em outra parte do seu livro, “não se pode ganhar sempre, o sabor da vitória é a competição e que o sol voltará a brilhar”. Mas essa ela águia não podia perder por uma questão de sobrevivência, mais prudente teria sido que olhasse para os dois lados da rua para poder correr atrás de suas vitimas sem escorregar, para não ser atropelada por outra espécie.

Para acabar com as metáforas vamos dá nome aos bois. Os Coronéis foram extintos. Mais engenhos virou usinas, tendo águias de diferentes portes em seus quadros, e assim como citou o professor em seu livro, não é o grande que come o pequeno e sim rápido que engole o lerdo e como a ligeira estratégia de rapinagem é tida como exemplo não é difícil imaginarmos onde estão os iguais.

As grandes águias da história fizeram as leis e as escrituras para preservarem seus estados.

Mas em Levítico 11 vc 13 para o homem a águia é abominável ou o que está escrito em Deuteronômio 28 vcs 49 ao 51 que Deus mandará o inimigo que como águias cairá sobre vós rapinando tudo que tens inclusive teu amor aos filhos.

Em Samuel II Davi compara Saul a uma águia quando na verdade ele suicidou-se no monte de Gilboa para não ser humilhado pelos Filisteus.

Em Jó 9 vc 26 a vida passa como um barco ligeiro, como uma águia que se lança sobre sua presa.

Isto sim é uma casca de banana.