PARA ONDE ESTAMOS INDO?


IMAGEM DA INTERNET

O mundo está passando por tantas mutações que me vejo fazendo a seguinte pergunta: para onde estamos indo?
 
São tantos os absurdos que vemos e por muitas vezes vivenciamos em nosso dia a dia, que já disse a alguns amigos ter a sensação ruim de que o nosso já tão sofrido mundo está caminhando inexoravelmente para um grande Mad Max.
 
Para quem não sabe ou não lembra, Mad Max é um filme apocalíptico lançado em 1979 na Austrália e em 1980 na América do Norte, também exibido no Brasil no início dos anos 80 onde foi um enorme sucesso de bilheteria. Foi o filme que transformou Mel Gibson em astro conhecido no mundo todo e o maior sucesso de bilheteria do cinema australiano. A história mostra um futuro “não muito distante”, onde o deserto australiano vive dias de caos com gangues de motociclistas disputando o poder e aterrorizando a população por um pouco de gasolina. Em meio a tudo isso o policial Max Rockatansky tem que se preparar para proteger sua família e a si próprio. Um clássico da ficção científica.
         
Uma análise sobre o crescimento desordenado da população, principalmente nas áreas mais carentes, nos permite refletir sobre uma situação e prever suas consequências. Pelo menos 1/3 das crianças nascidas em cidades de médio a grande porte são de famílias residentes nessas áreas, uma boa parte vivendo em submoradias com condições precárias de conforto e higiene, onde o planejamento familiar é algo inexistente. Com madeirites ergue-se um barraco onde mais uma família encontra abrigo mesmo com riscos à vida e ao meio ambiente. Uma vez instaladas nesses locais, essas famílias são orientadas por interesseiros políticos e dificilmente serão removidas, amparadas por aval da Defensoria Pública. Penso que de nada adianta comentar e discutir segurança pública com sociólogos, psicólogos e criminalistas, bem como endurecer nossas leis penais, se não houver um rígido controle de natalidade. Somente um vigoroso e eficiente plano de controle demográfico poderá sustar a imensa, crescente e assustadora irresponsabilidade procriativa.
 
Ao nascer, o ser humano é frágil e incapaz, mas traz dentro de si uma infinidade de potencialidades que poderão ser desenvolvidas ao longo de sua vida: não sabe falar, mas poderá dominar diversos idiomas; não sabe andar, mas poderá ser capaz de bater o recorde em uma corrida de 100 metros rasos, por exemplo. A isso definimos como “Tendência Atualizante” que vem a ser a expressão mais fundamental da vida. Contudo, essa tendência pode se tornar indisponível devido a vários motivos, como, por exemplo, o próprio ambiente aonde a pessoa vai se desenvolvendo. E essa falta de ambiente para se desenvolver geralmente existe nas áreas carentes e superpovoadas a que me referi acima, podendo vir a ser um dos estopins para a explosão cada vez mais crescente da violência mundial. 
 
É fato notório que o bem está perdendo de goleada para o mal. A violência está disseminada em todos os setores da sociedade, com a ocorrência de fatos cada vez mais grotescos e sanguinários, o que levou um dos ministros do STF a declarar que “a violência nos alarma”. Não é necessário detalhar nenhum episódio em especial, pois todos os dias eles são mostrados exaustivamente pela mídia.
 
Fazendo uma associação entre o crescimento da população e a violência, aliado ao trânsito infernal e o desemprego, podemos concluir que esse conjunto de fatores irá descambar num futuro também “não muito distante”, para o exercício do caos generalizado. Já se prevê para este mesmo futuro a escassez de água potável e também de alimentos, o que já ocorre em determinadas regiões do planeta. Mas parece que ainda não caímos nessa realidade e continuamos esbanjando água e alimentos num total despropósito. Certa vez tentei dialogar com uma senhora que lavava a calçada em frente à sua residência, utilizando-se de uma mangueira com a água jorrando incessantemente. Queria que ela entendesse que aquele desperdício poderia ser evitado. Só faltou que ela chamasse a polícia para me prender por ofensas. Desisti.
 
Os políticos, a quem caberia buscar soluções para minimizar esse futuro caos anunciado, estão pouco se lixando para isso, mais preocupados que estão em acusar-se mutuamente pelos motivos mais torpes possíveis e também legislar em causa própria, ignorando por completo aqueles que lá os colocaram, ou seja, o idiota do povo.
 
Não precisa ser nenhum profeta do apocalipse, tal como Nostradamus, para antever que coisa boa não nos espera. É provável que a minha geração não passe por esse infortúnio, pois talvez não haja tempo. E, sendo totalmente paradoxal, gostaria mesmo de terminar minha jornada antes que isso ocorra mesmo tendo um grande apego e verdadeiro amor pela vida.
 
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Arnaldo Agria Huss
Enviado por Arnaldo Agria Huss em 27/09/2009
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