SANGUE, TERRA E ARTE
Lançar um livro é se lançar às críticas, ao abismo que é o gosto do outro.
Publicar, mais que escrever, é inscrever as palavras, imprimir-se, revelar-se para o mundo.
Há milhares de anos quando não éramos ainda seres “humanos”, resolvemos misturar o sangue dos animais com terra, transformamos esse sangue em tinta e passamos a desenhar as paredes das cavernas. Não se sabe porque isso se deu, mas com certeza, já existia nos nossos antepassados cavernosos a necessidade de transcender à vida, de mostrar ao mundo: “eu estive aqui”.
Ninguém sabe exatamente o que é arte. A mim, arte remete à caverna, sangue, angústia, destino, transcendência. É apenas uma intuição, uma conjectura. Não tenho certeza. Nunca terei.
Mas isso não tem a menor importância. Pois a vida não é feita de certezas, mas de caminhadas.
Eu, Victor Colonna, tenho a honra de convidá-lo(a) para o:
Lançamento do meu livro de poesia Cabeça, Tronco e Versos (Editora da Palavra), na Livraria Baratos da Ribeiro, rua Barata Ribeiro 354 lj D, Copacabana,dia 13 de outubro de 2009, a partir das 19:30h
CURTO-CIRCUITO (Victor Colonna)
De repente eu paro e olho: é ele!
Desengato marcha-a-ré crescente
Meu rosto fica roxo, vermelho
Desamarra-se o elo da corrente.
Curto-circuito, incêndio, tragédia!
Meu cabelo arrepiado espeta
Meu pulso desencapado choca
Meu corpo endiabrado, capeta.
E meu peito pega fogo: é vida
Um calor que se desprende e solta
Amor é caminho longo: é ida
É só ida. Não tem volta.
Para conhecer melhor meus poemas e crônicas acesse:
http://www.deitandooverbo.wordpress.com