Dinheiro X Felicidade
Vincent Benedicto


Tempos atrás, fizeram algumas pesquisas – segundo a INFOMONEY – sobre a realidade entre o dinheiro e a felicidade.
A ligação do dinheiro com a felicidade não passa de uma ilusão, segundo cientistas norte-americanos, em estudo publicado sexta-feira 30/06/2006 na revista Science.
Através de pesquisas com mulheres de diferentes rendas anuais, ficou evidente que, enquanto conscientemente as pessoas associam o dinheiro com à felicidade, principalmente no longo prazo, no dia-a-dia, a renda tem pouco impacto sobre o estado de espírito.
Um estudo feito em 2004 com 909 trabalhadoras do Texas, que havia provado que dinheiro traz felicidade, foi analisado pelos professores da Universidade de Princeton, Alan Krueger e Daniel Kahneman, juntamente com David Schkade, Norbert Schwartz e Arthur Stone. 

Pura ilusão.
Nele, as participantes tinham de detalhar o dia anterior e especificar as partes boas e ruins. Dessa forma, o conceito de felicidade poderia ser visto no âmbito cotidiano.
Na época, as entrevistadas especularam que alguém que ganha menos de US$ 20 mil no ano deve passar mais tempo (32% a mais, exatamente) de mau humor do que quem tem renda anual de mais de US$ 100 mil.
No entanto, as respostas de mulheres que se encaixam nesses dois perfis, mostraram que a diferença é mais de duas vezes menor que a especulada: 12%. Além disso, o resultado final indicou que quem tem mais dinheiro que a média, não é muito mais feliz no dia-a-dia do que quem está no meio termo.
O estudo foi repetido em maio de 2005, com 810 mulheres de Ohio, e o resultado foi semelhante: a maioria associava as duas coisas no longo prazo, mas não se verificou relação entre o dinheiro e a felicidade no dia-a-dia.

Uma outra pesquisa da Agência de Estatísticas do Trabalho em todo o país mostra o porquê.
Na prática, foi verificado que as mulheres mais ricas passam mais tempo engajadas em atividades relacionadas ao estresse e tensão, como cuidar dos filhos, fazer compras e trabalhar, enquanto as mais pobres desfrutam mais de pequenos prazeres, como ver TV ou participar de atividades sociais.
A conclusão dos pesquisadores foi que, no fim, a busca pelo dinheiro pode trazer mais infelicidade já que causa uma mudança na distribuição do tempo: as pessoas passam a aceitar turnos mais longos de trabalho, por exemplo, que é algo associado aos piores momentos do dia na pesquisa, e deixam de lado momentos de socialização, ligados aos melhores na opinião das participantes.

Segundo a teoria “Freud-lacaniana” não podemos associar a satisfação das necessidades com a felicidade. A arte, a política, a fé religiosa ou laica, prometem, mas não cumprem a aspiração de proporcionar felicidade – realista – ao ser humano, porque ele está a priori condenado a insatisfação, a angústia e deve se contentar apenas com os momentos de satisfação parcial ou realização ilusória. Talvez, o ser humano pudesse estar mais próximo da felicidade quando sonha ou elabora projetos de uma vida feliz.
“O mal-estar de nossa civilização nada mais é, segundo Freud, que o reconhecimento de que estamos condenados a uma economia libidinal baseada no mais-gozar. Enquanto a mais-valia sustenta a economia capitalista, em Marx, o mais-gozar sustenta a economia libidinal do sujeito, em Lacan. É na repetição que o sujeito goza, e, enquanto goza, é feliz”.
A felicidade não pode ser produto de uma alienação, enganação ou delírio. Os recentes estudos sobre a felicidade apontam que ela será inventada por alguém que aprendeu a conhecer melhor a si próprio e o mundo em que vive.

Em 1989 – já relatei isso em outras crônicas que fiz – li um livro de Maxwell Maltz que também falava sobre a relação felicidade X dinheiro. Um outro livro que li também “A energia do dinheiro” da escritora Glória Maria Garcia Pereira, também mostra essa relação que para muitos é a fonte da felicidade.
Eu, no passado, fui muito bem sucedido financeiramente – época do nosso querido Ex-Presidente, o FDP do Sarney – até que um dia – no maldito plano cruzado – o mundo desabou na minha cabeça. Reconstruí minha vida – não tenho a metade do que eu tinha na época – mas confesso que hoje sou feliz.
Anteriormente eu respirava dinheiro, tinha uma gula, uma verdadeira obsessão pelo dinheiro. Quando aprendi a dar valor na vida, nas pequenas coisas, a dar atenção às pessoas que precisavam de mim, aprendi amar, minha vida mudou.
Hoje, o dinheiro vem naturalmente como conseqüência, ou resultado do meu trabalho. Vivo melhor, me alimento melhor, durmo melhor, estou sempre de bom humor, amo tudo o que faço, me sinto feliz e amado pelas pessoas. 







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Vincent Benedicto
Enviado por Vincent Benedicto em 03/07/2006
Reeditado em 05/07/2006
Código do texto: T186738