Ah! que saudade do mar...

Minha amiga Vanice Ferreira descobriu que tem crônicas nossas no site ubaweb. Fui ver, é da cidade de Ubatuba, com informações sobre eventos, campeonatos de surf, qualidade das ondas, artesanatos, etc, etc. Além dos colunistas, há crônicas de outros autores também, inclusive Maria Olímpia Alves de Melo e Wilson Pereira. Engraçado, logo eu fui escolhida e eles nem sabem que sou freqüentadora desse lugar desde os tempos de menina. Só ultimamente é que não tenho ido tanto, embora resida não muito distante, justo à beira do caminho.

E fiquei aqui pensando, faz tempo que não vou à praia, ando com saudades do mar...

Aqui na minha terra todo mundo vai “pra preia” (como já ouvi dizer) e não é privilégio dos mais abastados. Cada qual tem lá seu cantinho, seja a casa própria de arquitetura enfeitada, em praia afastada, ou uma simplesinha, emprestada, no centro ou no Perequê Açu.

A Rodovia Osvaldo Cruz, que liga Taubaté a Ubatuba, era o caminho que levava até o porto o ouro vindo das Minas Gerais. Tem até ao lado dela, aqui perto, um (hoje) bairro chamado Registro, onde se registrava tudo o que passava, uma espécie de alfândega dos tempos coloniais. Contrabandear, jamais. Os portugueses estavam sempre de olho vivo, controlando o que devia embarcar e nada de por aqui ficar.

Atualmente é estrada asfaltada, mas lá na descida da serra ainda é de lascar, cheia de curvas apertadas ao lado de precipícios de arrepiar. A vista linda, de pujante mata verdejante e lá embaixo, quando a neblina deixa trespassar o olhar, podemos ver o azul do céu encostando nas águas, com um fio de areia branca feito colar.