Marcas

Mais um fim de ano se aproxima e as águas da vida vão formando seus sulcos no solo humano,que vai sofrendo os efeitos das transformações,das inovações, das tempestades e bonanças da caminhada da humanidade sobre a face da terra.

Mais um tempo que vai passando e passando rápido, riscando e marcando tudo e todos que caminham cada vez mais desapercebidos e insensíveis ao que se passa em volta.

Caminhamos todos juntos, numa aglomeração mental absurda, numa compulsividade agressiva e desastrosa, que leva a destruição do próprio ser humano.

É... porque a raça humana se extingue, desaparece, mas o planeta renova-se constantemente. Nunca mais será o mesmo mas... ainda assim subsistirá.

Tecnologias com avanços surpreendentes, conceitos intelectuais e princípios múltiplos estão tornando o ser humano um ser cego.

Às vezes, a mente humana precisa ser enganada para perceber sua cegueira. E o homem moderno, de idéias inovadoras, com uma mente criativa, dinâmico, esta completamente cego e insensível às marcas que esta deixando no planeta e em sua própria carne.

A diminuição da camada de ozônio, a destruição das florestas tropicais, a chuva ácida, a poluição do ar e da água, montanhas de lixo e a contaminação tóxica da biosfera são exemplos do pensamento e da atitude egocentrica da raça humana, do fracasso em olhar e ouvir o retorno do mundo que nos cerca.

Tudo na vida tem um retorno, o desafio esta em aprender a reconhecer e a entender as mensagens que nos são passadas.

A poluição ambiental começa na mente humana e o real vilão é o egocentrismo, e por sermos cegos ao nosso egoísmo e gana pessoal vamos deixando marcas perpétuas, marcas que não somem com o passar dos anos.

Por isso eu pergunto quantas marcas profundas e inapagáveis há em nosso mundo nesse tempo que vivemos, no tempo que já se passou e no tempo que esta por vir?

Uma infinidade de marcas existem em nossas vidas ocultas...e uma vida oculta brilha em cada átomo e em todas as criaturas do mundo, visíveis ou invisíveis, porque tudo é vida, tudo é tempo e tudo é espaço.

Mais um fim de ano se aproxima e a luta continua. Numa guerra interna entre SER e TER, custe o que custar...

O altar é ornado dia após dia para o deus monetario.Um deus que escravisa, humilha, maltrata e empobresse... ironia...

Ironia empobreser-se com dinheiro?

Não, não é nada irônico e tampouco são palavras fantasiosas essas minhas... são verdades, verdades absolutas e comprovadas.

Exceções à parte claro. Mas no geral o deus monetário ilusóriamente abastece completamente.Ilusóriamente...

Até quando vamos dançar a vida sem o som da música que alegra, que enrriquece e acalma o nosso ser?

Até quando vamos viver uma vida de marcas?

Marcas do que se foi, do que vamos ser, do que somos são marcas eternas, por isso com o passar dos anos, com a aproximação de mais um ano é importante criarmos marcas, sulcos, vincos fortes de conscientização, de valores morais e étnicos, de amadurecimento, evolução pessoal, intelectual, profissional e principalente marcas de laços espirituais.

Marcas de um tempo onde o planeta é visto, ouvido e sentido por cada ser vivente. Marcas de uma conscientização de que a mãe natureza fala conosco, através de um vento suave, de uma brisa amena e até mesmo de tempestades devastadoras. Cabe a raça humana amar e respeitar a mãe natureza e seus filhos como a si próprio e criar marcas de um ano que termina e outro que inicia no amor, na paz e na harmonia universal como Deus criou.