A influência da música no dia-a-dia - O Rock

Em que dia você nasceu? Quando foi descoberto o Brasil? Qual foi seu primeiro emprego? A maioria de nós responderia essas perguntas sem pestanejar. Mas, que dia foi criado o Rock?

Para muitos, foi em algum dia do ano de 1949, ano em que a Fender, fabricante de guitarras, criou a Esquire, a primeira guitarra totalmente desmontável, que seria percussora de um dos maiores ícones do mundo do Rock, a famosa Stratocaster. Já para outros, o Rock surgiu apenas em 1954, com o lançamento da já citada lenda, Strato.

Os mais animadinhos diriam que o Rock foi criado por Elvis Presley, Beatles, Rollin' Stones ou Jimmy Hendrix. Os patriotas escolheriam Roberto Carlos, Erasmo, Serguei ou Rita Lee, dentre muitos outros.

Há os que acreditem que o Rock nasceu em um dia de Show, como em Woodstock ou Rock in Rio, ou com um álbum, como o assustador Black Sabbath da banda homônima. Talvez o Rcok tenha sido parido no embalo de uma canção, vide Yesterday, dos Beatles, Sunshine of your love, do Cream ou Another Brick in the Wall, do Pink Floyd.

Para os mais sensíveis, basta um solo como o de Angel of Death, do Slayer, ou um refrão como em Ana Júlia, do Los Hermanos, Rock and Roll all Night, do Kiss, talvez até da pegajosa e inesquecível The Evil that Men Do, do Iron Maiden.

O fato é que, desde que criaram o Rock, ele encontra que ele deseja encontrar. Pode até se fazer de difícil, mas, cedo ou tarde, ele aparece. Seja em um momento de alegria, tristeza, uma comemoração ou um coração partido. Seja passado de pai para filho, seja uma descoberta única e incomum. Por vezes é em um presente de um tio distante que ele desabrocha, entretanto, se for achado no lixo do vizinho, terá o mesmo efeito.

Não importa como ou quando venha, quando aparece, o Rock faz mudanças drásticas na vida da pessoa. Não só na vida, mas no cabelo, na roupa, na maneira de falar ou no coração. Dure o tempo que durar, nunca seremos os mesmos novamente.

Balançando fortemente a cabeça ao som de Slipknot, Korn ou Mettalica, se emocionando arrepiando os pentelhos com as lindas baladas de grandes nacionais, como Shaaman e Angra, não importa.

Não importa, pois o Rock não é produzido nas guitarras, nos bumbos, nos teclados ou no poder da voz. Não é uma banda ou um evento que faz o Rock. É na medula óssea, 'tá na veia'. É nosso coração batendo mais forte. O som, o poder, a fúria e, ao mesmo tempo, a honestidade, a doçura e a complacência.

Para uns, simplesmente rebeldia, já pra outros, foco de estudo. Não se assuste ao vê-los de preto, tatuagens, piercins e suas 'caras-de-maus'. Dedicam horas de seu dia com a finalidade de desenvolver técnicas enlouquecedoras que fazem qualquer erudito babar. Pra cada roqueiro o Rock foi criado e surgiu em um momento diferente. Foi personalizado e encaixa como uma luva em dias, circunstâncias e lugares totalmente diferentes. "Foi criado no momento em que o tocou."

Encerro lembrando de ninguém menos que Beethoven. Em um momento de sua vida precisou recorrer a seu irmão mais novo, Nikolaus, em busca de ajuda financeira. O mais novo, ao vê-lo, entrega-lhe seu cartão de visitas onde está escrito: "Nikolaus Johann van Beethoven, proprietário de terras." Ao ler o cartão, ignorando sua situação de necessidade, o músico responde sarcásticamente: "Muito prazer, sou Ludwig van Beethoven, proprietário de um cérebro."

Pois é, acho que ele também era roqueiro!

Matéria publicada no Jornal TIVIT Rio.

Prima
Enviado por Prima em 30/10/2009
Código do texto: T1895776
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.