Sugestão Musical - A Night at the Opera - Queen

'A Night at the Opera - 1975 - dos ingleses do Queen, é a sugestão musical para esta coluna que inauguro hoje. Neste, que foi o quarto álbum da banda, apresentou-se, acima de tudo, um rock de muita qualidade técnica e muita sensibilidade, além de uma mistura homogênia e genial de hard rock, pop, ópera, folk tradicional e, de vez em quando, um vaudeville tipicamente inglês.

A criatividade de todos é ressaltada e precisa ser reconhecida por que, usualmente, se usa no rock bem menos do que esses caras usaram e olha que isso foi há mais de 30 anos atrás. Harmonias vocais muito saturadas, gravadas e regravadas ao excesso, floreis de piano, harpa, ukelele-banjo e até uma antiga orquestra de jazz. Claro que sem esquecer dos poderosos e marcantes riffs de guitarra de um dos melhores guitarristas de todos os tempos, Brian May. Lembrando que foi May que gravou o som da orquestra na sua guitarra, em 'Good Company', usando efeitos avançadíssimos para época.

Ao começar a ouvir o cd, não deixe de atentar para o timbre da voz de Freddie Mercury em 'Death on two Legs'. Sofrido, irado, inconformado com o que estava acontecendo com sua arte, seus filhos, sua música. Muita fama, nenhum dinheiro.

Como todos participaram das composições, o quarteto inglês teve muita variedade no set list fazendo, dessa forma, um álbum muito eclético, um verdadeiro puxão de orelha nos fanáticos. O baixista, Jonh Deacon, certamente o mais introvertido da banda, marca sua presença em 'Your my best friend', compondo e tocando seu piano particular. 'I´m lovin with my car', do batera Roger Taylor, fala sobre uma situação inusitada: um homem apaixonado pelo seu carro, uma ótima balada. Tem a '39' , de Bryan May, que é simplesmente linda. Bem country, americana, até, eu me arriscaria, mas com um belo sotaque inglês.

Não poderíamos falar de "A Night at the opera" sem citar um dos mais ousados singles de todos os tempos: "Boehmiah Rapsody". Na época, e até hoje, as músicas que tocam no rádio não devem ter mais de 3 minutos. Mas, com seus quase 6 minutos de duração, 'Bohemiah Rapsody', estourou nas paradas. Deu trabalho, mas valeu à pena. Levou três semanas para ser gravada, tempo suficiente para gravar um álbum inteiro. Só a parte instrumental levou dois dias. A voz de Freddie chega a aparecer dobrada, uma gravação em cima da outra, umas 100 vezes e levou uma semana para ser terminada. Um verdadeiro monstro.

Enfim, digno de um clássico. Sente-se e 'saboreie'

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Prima
Enviado por Prima em 01/11/2009
Reeditado em 01/11/2009
Código do texto: T1899917
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