Considerações sobre crença e ciência

Certo dia, conversando com um amigo sobre religião, ele me informou que existem três tipos de pessoas, o CRENTE que é aquele que crê firmemente em Deus independente de qual seja a religião, o ATEU que é aquele que já não crê em Deus, e tem também o ATOA que é aquele que um pouco crê e um pouco não, nas horas difíceis roga a Deus por piedade e depois esquece tudo, ou quase tudo. Ou ainda é aquele que vive em constante conflito (confesso que também vivo), procurando evidências, motivos, explicações e sempre cheio de dúvidas e indagações sobre sua fé (que as vezes é demais, outras vezes de menos).

Com outro amigo metido a dar explicações científicas, novamente o assunto religião apareceu. Meu amigo não acredita em nada que não seja provado cientificamente. Ele me perguntou se eu acreditava em Deus, eu respondi que sim. Ele disse que isso nunca foi provado cientificamente, era apenas ilusão, pois ninguém jamais conseguiu explicar de onde veio esse tal Deus.

Então depois de me bombardear com muitos argumentos sobre a criação da vida, sobre a evolução das espécies tudo do ponto de vista científico, muito bem fundamentado, surgiu um grande impasse, pois eu lhe perguntei onde tudo isso começou afinal, e ele me falou que começou com uma grande explosão, o BIG BAN.

E eu que até então concordava com tudo, mas mesmo assim defendia a idéia de um ser maior, um ser de luz, uma força vital, uma entidade divina ou Deus se quiserem chamar assim, perguntei:

- Mas, afinal de onde veio a matéria para explodir? De onde saiu, como se formou?

Ele me respondeu:

- A ciência ainda não conseguiu descobrir de onde surgiu.

E eu falei para ele:

- Que coincidência igual Deus.

Ficamos nos encarando longamente, cheios de dúvidas e incertezas, simples seres humanos, tentando decifrar de onde viemos (sem muito sucesso).

Anamar Quintana
Enviado por Anamar Quintana em 06/11/2009
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