Onde pensas que vais?

Parto sorrateiro, sem deixar vestígios...

Lentamente encosto a porta sem trancá-la,

Pois, se fizesse o contrário, virias correndo perguntar – onde pensas que vais?

Seria obrigado a te dizer, que iria em busca da paz que perdi ao conhecer-te!

Parto sorrateiro, mas deixo no ar tresandando a suor, mil interrogações, os porquês e os para quês, que insultam meus brios de homem, que pega pesado (?)

Retorno, e respondo à pergunta – onde pensas que vais?

Vou trancar a porta, que esqueceste de fechar; ou acaso pensas que não há perigo na zona?

Sendo assim, como milhares de outras pessoas, fico no vaivém entre o que decido e o que faço, entre o que faço e como justifico o que faço, entre o que penso e o que sinto de fato, num permanente e melancólico jogo de cena!