"AS SIMPLES COISAS DA VIDA" Crônica de: Flávio Cavalcante

AS SIMPLES COISAS DA VIDA

Crônica de:

Flávio Cavalcante

Nos preocupamos muito na maioria das vezes em tudo o que fazemos no nosso dia a dia. A própria vida nos proporciona essa preocupação diante do corre-corre em busca do pão de cada dia. Damos importância meramente a coisas grandiosas para o nosso entendimento. A vida de fato é algo esplendoroso, cheia de atribulações e mansidões. Temerária ás vezes dependendo da maneira de enxergar essas vicissitudes se tornam amenas ou não.

Por sermos seres pensantes, nos ligamos á coisas que é do nosso interesse. Somos máquinas que obrigatoriamente temos que trabalhar duro para nos mantermos em pensamentos equilibrados.

Já pensou se não tivéssemos nada pra pensar? Se tudo que almejássemos na vida conseguíssemos de imediato e sem esforço algum? Chegasse tudo em nossas mãos como num passe de mágica?

Que sabor teria a vida se tudo que você quer tivesse nas mãos?

Muitas pessoas acham que o dinheiro é tudo na vida. Pela visão de resolver os problemas financeiros que chegam a tirar o sono de muita gente, sim; mas, dinheiro demais, significa paralisação do cérebro.

O cérebro é um órgão do ser humano que seu funcionamento tem que ser eficaz e contínuo para manter o equilíbrio do corpo. O dinheiro em abundância, faz esta máquina se aposentar completamente.

O cérebro precisa deste combustível que é o pensar; se não tem este combustível a partir daí há um desequilíbrio e o resultado final é uma profunda depressão causada pela ociosidade.

Temos exemplo de pessoas que tem na vida uma construção de impérios e vê-se nestas pessoas notoriamente que carregam uma infelicidade de teor gigantesco, só pelo fato de sua mente está atrofiada. Tudo que quer tem em suas mãos sem fazer o menor esforço.

Existe uma história de dois irmãos. Um vivia num castelo cheio de riqueza, mulheres, viagens pelo mundo. Comia tudo do bom e do melhor.

O outro irmão abandonado quando criança vivia numa vida muito sacrificada. Enquanto um vivia no apogeu, o outro vivia buscando sua sobrevivência aos trancos e barrancos.

Tomado por insônias e depressões, o irmão que vivia naquele castelo não agüentava mais aquela vida tão monótona; enquanto o outro nem sabia o que se referia esta palavra “MONOTONIA” Por ele viver em busca e naturalmente sua mente estava o tempo todo ocupada.

O pobretão chegava em casa e era recebido com a alegria de seu cachorro que vinha ao seu encontro balançando freneticamente o rabinho.

O imp erador já não agüentava passear pelo mundo. Para ele já se tornara uma rotina e aquilo já era como se fosse uma obrigação.

O pobretão não tinha dinheiro para viajar, mas saía sempre montado em sua jumentinha para ir comprar na venda mantimentos com o dinheiro que apurava durante o dia.

Assim levava a vida dos dois irmão. A vida de um era o lado oposto do outro. Cabeça que não pensa o corpo padece. Assim, o homem batalhador do dia a dia, carrega a felicidade do dia e valoriza as simples coisas da vida, porque convive com elas.

O homem quando tem tudo que quer, sem fazer o menor esforço vive ocioso no mundo.

A maioria das pessoas que estão na ociosidade, entra numa depressão profunda e são pessoas que sofrem deste mal que é a tristeza, onde deveria viver opulência e ter toda a felicidade. Quando não fazem besteiras cometendo até suicídio e outras barbáries além de nossa imaginação.

O equilíbrio do trabalhador é ter a preocupação do dia a dia nas contas que vão chegar para pagar.

CABEÇA FOI FEITA PRA PENSAR

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 15/11/2009
Código do texto: T1925090
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