Cansei de falar de amor

Diálogo habitual de Josepe e José:

Porque a raça canceriana é sempre assim?

Tão sentimental...

“Meu bem, meu mal. Até o metal é sentimental!”

Ah é?

“Sim é como é viu”.

Por quê? Gostaria muito de saber

“Pense na aliança, nos pingentes e demais adornos”

Ah vá pro inferno!

“Bem lembrado até o inferno é sentimental”

Ai não, lá vem outra!

“Não foi Lúcifer, o anjo desconsolado

Expulso do paraíso e isolado numa depressão ardente

O Fundador do sentimentalismo?”.

Ta ai! Uma boa tese teológica!

“Viva finalmente arranjei uma idéia pra ficar rico!”

Do jeito que este mundo está,

“Não duvido que tenha conseguido”

Já pensou em psicologia?

“Não prefiro a educação humanística!”

Nossa, agora virou um libertador é?

“Antes, podia ser. Hoje um tecnocrata pós-moderno”

Sobre o que mesmo conversamos?

“Ah sim... Sobre cancerianos e suas lamurias”

Josepe, já leu trovas portuguesas?

“Prefiro as italianas”

Na Itália havia trovadores?

“De amigos, de amor e gastronômicas”

Gastronômicas?

“Receitas de pizza, com versos para clientes no verso”

Humm... Hoje quero uma meia sincera e meia platônica!

“Cancerianos...”

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 15/07/2006
Reeditado em 25/11/2006
Código do texto: T194356
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