PÁSSARO SEM ASAS

PÁSSARO SEM ASAS surgiu com a dor. É uma história de vida ou memórias romanceadas. Nele, devasso-me sem reticências depois de uma inesperada paraplegia. Conto todas as dificuldades, batalhas e aprendizado para sobrepujar a fatalidade. Para ser adotada pela vida.

Falo de mim, falo de amor, falo de dor, de vitórias e muito mais. Solto a lira de meus versos. Curto minha imobilidade. E os meus retalhos adormecidos ganharão movimentos algum dia. Quem sabe noutra galáxia.

PÁSSARO SEM ASAS é um misto de momentos lúdicos, sofridos, emocionados. Chega a porejar sangue. É o driblar de uma bola sem chutes, mesmo ao arrepio da vida.

A crença em mim mesma devolveu-me não pernas, mas ASAS. Sinto-me alada depois de tanta tempestade. Com elas cruzei horizontes, voei com os condores em terras calcinadas, extrapolei mares, venci tormentas e me encontrei.

As escarpas do caminho fortaleceram minha couraça rumo aos objetivos. Dentro de minhas limitações sou livre: corro em idéias, em versos, em trabalho...

Não sou vista diminuída, mas até acrescida. O meu trabalho tornou-me um ser humano inteiro. Por incrível que pareça, tornei-me uma Delegada de Polícia! Atuei na vanguarda contra a escalada do crime, como uma profissional inusitada, pelo menos, em visual.

Depois, também por concurso público, ingressei no Judiciário Federal, onde me sinto honrada de emprestar minha participação de trabalho. Afinal somos herdeiros dos nossos atos e senhores de nossas colheitas.

Que as minhas experiências conduzam o leitor à reflexão, fazendo-o descobrir que cada um pode ser a pessoa mais feliz do mundo, procurando ascender sempre rumo ao bem, creditando as dificuldades como mérito seu, uma vez que não há limites que obstaculize uma mente determinada.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 27/11/2009
Reeditado em 11/07/2012
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