Filme 2012, “elitismo à flor da pele.”

Interessante o filme 2012 que narra a catástrofe apocalíptica, ou seja, o fim do mundo. Nele podemos visualizar uma arca (ou duas) que não é a de Noé, mas a da elite.

Diferente da história que temos nas antigas escrituras sagradas, as arcas de 2012 não leva os escolhidos por Deus e sim os que possuem uma renda de um bilhão. O restante da população mundial, a plebe, desfaz-se juntamente com todos os processos destrutivos do planeta terra.

O que se pode tirar de positivo nesse filme é o alerta sobre a questão ambiental e o tratamento dispensado ao planeta terra pelos seres humanos. O nível de poluição que se avoluma perigosamente todos os anos, provocando o efeito estufa e o aquecimento global, além de várias intempéries que maltratam a população mundial com enchentes, furacões, tsunames, secas e tantas outras mais. Em nome do lucro e acúmulo de dinheiro, os países que mais poluem a terra se fecham e não querem negociar. E se aceitam negociar, não querem diminuir o nível de poluição que seria adequado para a saúde do nosso planeta. Querem continuar produzindo e poluindo, mesmo que signifique o caos total da terra. Interrompem o ciclo natural do funcionamento da natureza e plantam o sofrimento humano.

O que se tira de negativo desse filme? Quase tudo. A história confirma o que o mundo atual cada vez mais reafirma: O dinheiro pode tudo. Até assegurar um lugar livre do apocalipse.

Essa é a idéia que transparece no filme. Idéia revestida de idiotice e segregação, diga-se de passagem.

Se realmente houver em nosso planeta uma força tão destruidora como a relatada no filme, será que alguma arca poderá salvar vidas humanas? Mesmo ela sendo o último resultado da mais alta tecnologia de ponta? Suponhamos que sim. Que ela agüente toda a tormenta.

E depois da tormenta, o que acontece? A terra destroçada, sem nenhum lugar de chão firme para pisar e sem qualquer resquícios de vida. Os sobreviventes da arca teriam como continuar a viver?

São questões para se refletir. Principalmente as questões materialistas que revestem todo o filme. Onde encontramos uma simples menção a respeito da essência da vida, do criador, de Deus? Existimos por Ele, o mundo se fez por Ele e se o planeta terra tiver que se consumir com toda vida existente nele será somente pela anuência de Deus.

Nem arca de última tecnologia, nem um bilhão em dinheiro resgatará uma vida sequer, se Ele assim o quiser.

Não questiono se em 2012 o fim do mundo chegará. Não questiono as previsões dos Maias. Questiono apenas a pequenez da mente humana em se imaginar capaz de superar os desígnios do Criador. Em considerar que o dinheiro pode trazer a salvação de vidas frente a uma questão desse nível.

Questiono ainda que não há na face dessa terra alguém com poderes suficientes para prever quando a catástrofe apocalíptica chegará (com data constando o dia, mês e ano). Deus é o único conhecedor desse fato.

Posso estar enganada, entretanto não acredito em fim do mundo em 2012, do mesmo jeito que não acreditei no ano de 2000. Acredito é que da forma como a coisa está acontecendo, ser verdade estarmos próximos do fim dos tempos ou do mundo, como preferirem.

Muitos eventos já aconteceram, muitos eventos estão acontecendo e muitos outros eventos ainda estão por vir. O colapso total e o desfecho final com certeza acontecerão. A certeza que não temos é da data fatal de tal acontecimento.

O que vale para nós é que tenhamos Deus no coração e nas nossas práticas diárias. Apenas Ele será capaz de nos deixarmos preparados para qualquer evento apocalíptico que por ventura sobrevier a terra.