NÃO TEM SENTIDO !

Digno, por viver.

Indignado comigo mesmo, mesmo, repetindo meus repetidos erros, repetidos passos globalizados, de dia e de noite, nada me espera, nada me escapa, válvula de escape, assim mesmo vou e revolto, como sou tolo acreditando nisto, estórias contadas, compradas, vendidas no livre comércio, mercado livre de mim, qual a procedência?

Exclamo, meus pulmões enferrujados, o ferro também envelhece, fica feio, desgasta, o precioso tempo relativo evapora, escapa por entre os dedos, para onde?

Para onde levarei meus tesouros enterrados sem nenhum sacrifício?

OH! Como estou perdido, sem mapa, sem bússula, sem GPS, sem satélite, sem poder fazer uma única ligação sequer, sem sinal, sem o que um cidadão precisa para sobre - viver nesta gigantesca rede mundial, observatórios, espionando, observando tudo, estou sendo monitorado até enquanto durmo, quando sonho então, uma perseguição frenética hollywoodiana cena de cinema, é, assim mesmo, as cenas mudam instantaneamente, pronto, já mudaram.

Se as palavras não tem o significado que parecem ter, elas se disfarçam, se camuflam entre frases e fases, elas, se não tem significado, posso fazer delas os principais personagens, posso abraçá-las, posso transformá-las em flores, em rosas vermelhas e brancas.

Se é coincidência eu estar aqui e agora, agora sei qual o meu (melhor) lugar, aqui e agora, de novo em casa, seja qual for o lugar, lar doce lar.

Estou em todos os lugares?

Não responda. Fique firme. O observatório, lembra? Não? Não tem problema.

Justo eu ter que fazer isto em praça pública, para todo mundo ver, assistir, exposição democrática e popular, barata, não se paga nada, (d)aqui tudo é de graça, até céu.

Acredite. Não tem sentido.

florencio mendonça
Enviado por florencio mendonça em 03/12/2009
Código do texto: T1958380
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.