A Busca do Ser

A África, como pouca gente parece saber, é um continente não um país com vários países, milhares de línguas, muitas etnias, cada uma com sua cultura e religião.

De todos os povos que para cá vieram, só um veio forçado, vieram como escravos, a técnica de seus captores, mercadores e compradores, era primeiro separar as famílias, pais para um lado, mães para outro, filhos de um lado, filhas de outro. Misturavam-se todas as culturas, todas as religiões e línguas. Assim, pensavam impediriam a sublevação.

O escravo, segundo a Igreja, não tinha alma o que o transformava num objeto, um ser inanimado, algo que poderia ser vendido, trocado, dado ou simplesmente jogado fora. Poderia dar um escravo criança, a outra criança como brinquedo. Valia muito financeiramente, valor mercantil apenas.

Quando juntaram todos no mesmo lugar, a Senzala jamais imaginariam que escravos juntos, criariam a identidade cultural deste país.

Como? Um dia, lá no fundo da Senzala, um negro qualquer, começou a bater na madeira" Tum", de repente ao "Tum", respondeu outro no meio "tchicudum" e La na frente outro "batchicuntum", de repente juntaram-se outros e ficou "bumbum pratchicuntum prucurundum". Nascia o Samba.

De norte a sul, de leste a oeste, deste país continental existem mil manifestações culturais, só uma em comum o Samba.

Quando pensamos em Tango, pensamos em que? Argentina, não é mesmo. Jazz? Estados Unidos. Flamenco? Espanha. Valsa? Áustria, são manifestações culturais representativas do pensar de cada um desses povos em quanto comunidade que os une, identifica, entrelaça, tornando coesa sua ligação como pertencentes a uma mesma sociedade, que pode ser chamada de Nação.

Isidoro Machado
Enviado por Isidoro Machado em 08/12/2009
Reeditado em 10/03/2010
Código do texto: T1967606
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