ACREDITA NO DESTINO?
 
 

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá

(Roda-viva Chico Buarque)
 
 


Quem já não se sentiu como quem partiu ou morreu? Quem já não quis ter voz ativa e no destino mandar?

 
Mandar no destino... Afinal, o que é destino? É determinante ou serve apenas para tentar explicar algo não explicável dos acontecimentos existenciais?
 
Aprendi com o psicólogo Adriano Facioli, que o destino é um fato inquestionável. Ele existe e é simplesmente o sentido, a direção para o qual algo está programado. Exemplo: o destino do ônibus que vai para São Paulo é São Paulo. Ele está destinado, o que por sua vez não quer dizer que chegará infalivelmente lá.
 
Aqui cabe a indagação: se o destino  existe e foi programado, no caso humano quem programou? De acordo com a crença de cada um, existe resposta: para uns cabe a idéia de um ser supremo e onipotente a agir sobre suas criações. E se este ser supremo determina irrevogavelmente o futuro de um ser é porque de algum modo, age como seu criador.
 
Para outros, já na perspectiva mística deve imperar uma atmosfera nebulosa e mágica, sensacional. Passando a crer que o destino é  escrito por entes sobrenaturais, sobre os quais não temos qualquer poder ou acesso.” Criaturas da noite ou de luzes transcendentais a produzir um fato único, sublime e preciso, o qual foi planejado nos confins de universos distantes ou paralelos ao nosso, os quais somente não seriam percebidos por míopes de espírito”.
 
 Finalizando com palavras de Adriano Facioli, fica dito que, acreditar em predestinação (em destino, como é comum dizer) é acreditar que tudo já está determinado. Para algumas coisas isso é até possível. A morte, por exemplo, é uma predestinação.Todos seres vivos estão predestinados à ela. Porém, o momento e a forma como ela sucederá só podem ser inferidos por probabilidades ou por obra do acaso.
 
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 11/12/2009
Reeditado em 11/12/2009
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