Exercício da autoridade X autoritarismo
Vivemos tempos de indisciplina irrestrita e ampla em todos os níveis.
Vão do poder instituído do Estado até as famílias, escolas.
A ausência de regras e a impunidade dentro e fora de casa formam uma geração autoritária, dominadora e profundamente individualizada.
Não existe catástrofe humana maior.
Não há regras, moral e afeto.
Encontramos pais frouxos (psicologizam tudo), e incapazes de estabelecer junto aos seus filhos critérios básicos de relacionamento.
A frouxidão moral provoca uma inversão de valores: os pais não se comportam como adultos e são manipulados pelos filhos.
Ora!
Filhos são filhos, a autoridade tem que ser dos pais.
Eles detêm a vivência, a experiência e discernimento.
São lindos nossos filhos!
Mas não devem mandar.
Chega a ser engraçado, senão irônica, a inversão dos papéis.
E os pais (coitadinhos sic!) comportam-se feito crianças indefesas, sob o jugo dos filhos.
Toleram tudo: chantagens afetivas, gritos, choros indevidos.
Não resistem ao charme dos filhos.
E eles sabem como fazer isso!
E como!
Com isso criamos pequenos monstros sociais e uma sociedade anárquica e desumana.
Existe um amadorismo dos pais na relação com os filhos.
Pais despreparados = filhos deseducados.
Não existe um manual de instrução, claro!
Existem regras.
Elas deverão ser cumpridas.
Combinadas, discutidas e explicadas.
Mas deverão ser cumpridas.
Os pais serão testados nos seus limites.
Terão que lidar com o charme dos filhos e chantagens
Não penso em um cenário de brigas e discussões.
Apenas num lugar onde os conflitos sejam discutidos com argumentação e o exercício de autoridade dos pais prevalecido.