VERDADE. VERDADE UNIVERSAL. VERDADE RELATIVA.

VERDADE. VERDADE UNIVERSAL. VERDADE RELATIVA.

Perguntado a Cristo o que era a verdade, em seu julgamento, presidido por Pôncio Pilatos, Cristo silenciou.

Aquele que disse Eu sou a Verdade, o Caminho, a Vida, ou seja, poderia definir com todas as necessárias arestas conceito de tamanha abrangência, nada disse, e por um simples motivo, a sua verdade era a justiça formalizada na caridade como decorreu de toda sua cátedra.

A verdade é respeitável em suas diversidades conceituais pesquisadas como tema e objeto filosófico; e só assim.

Como a felicidade é um bem relativo sob determinados aspectos, o é também a verdade, permanente e maior fundamento da dialética filosófica, eixo operacional e nutriz de todas as outras vertentes e indagações.

Verdades respeitáveis e diversas, relativizadas, têm as religiões como o catolicismo, o islamismo, o judaísmo, o budismo, etc.

Mas chega-se a uma verdade universal que decorre desses credos, o bem que todas visam.

Está no núcleo dos credos em princípio ensinar o bem, este é uma verdade, um valor universal para a conquista do pensamento.

São as verdades que não estão sujeitas às discussões interpretativas e conceituais, não há relativização por serem unas e não comportarem divergências.

São verdades universais. Delas não se diverge nem se afasta a racionalidade e a recepção da média inteligência nem da razoável compreensão.

A verdade de nós mesmos é uma dessas verdades, universal.

Não podemos ser senão o que somos. Não há como transpor nossas barreiras, nosso caráter, nossa personalidade, nossa verdade.

Se fugimos dessa verdade nunca chegaremos à verdade de nossa existência pela perda de identidade, e também não teremos como avançar e penetrar nas verdades discursivas como felicidade absoluta ou relativa, alma finita ou infinita, e outras indagações.

Se não somos verdadeiros com nós mesmos, admitindo nossas realidades, faculdades e limitações, não estamos limpos para chegar à compreensão dos grandes temas da humanidade e à virtude, esta não como purismo tolo e pretensioso, mas como racionalidade lógica.

Seria como não deixar transparente a água em um copo se a misturamos com terra, e não deixamos a terra repousar (em nosso interior) na excelência da virtude, da nossa verdade existencial, para se aclarar a água.

A terra é nossa mentira balançada aos ventos que mistura terra e água. É assim nossa verdade interior, precisamos ser o que somos para que a terra escura, sombria, a mentira de nós mesmos, balançada aos extremos, agitada, não se misture com a água abençoada e transparente de nosso interior, o que turvará nosso entendimento.

Não chegaremos à compreensão, lado mais nobre da construção do pensamento.

É preciso pacificar nossa vontade de ser o que não somos e aceitarmos nossas realidades, nossas verdades existenciais, para que achemos outras verdades, descobrindo as nossas, sem perder a identidade.

Experimentar viver o que realmente somos é caminho exclusivo para descerrar a única e maior verdade, o amor ao próximo e, principalmente, aos nossos entes queridos, doando a estes o amor sem medidas, de entrega máxima, o que trará o conhecimento da verdade absoluta a quem não a conhece, podendo assim ser feliz de alguma forma.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 13/12/2009
Código do texto: T1975525
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