"Sejamos todos iguais"

Acaba de sair do ar o último capítulo de “Sejamos todos iguais”. Belíssima, a famosa novela das oito da Rede Globo, veio trazendo, com ressalto, o modelo de mulher ideal. Magérrimas, com seus 10% de gordura e suas vidas de glamour. E juntamente a essas, vieram de brinde as mulheres as quais a bunda tem vida própria e são mais famosas do que as próprias atrizes.

“Sejamos todos iguais”,e se você é gordinha, já está descartada. Se você tem o rosto feio, nem pense em aparecer. Se a sua bunda é caída, não vem que não tem. Se você tem estilo próprio, esqueça isto, pois agora nós seremos o seu estilo.

A televisão brasileira, cada dia mais, valoriza mais a aparência e deixa o intelecto da pessoa em segundo plano, o que deveria, na verdade, estar acima de tudo. Será que esses “modelos de perfeição” têm um intelecto que valha a pena, ou até mesmo as frases “bonitinhas” ditas aos repórteres são criadas por pessoas de não tanta beleza, porém de muito conhecimento?

Está no ar o último capítulo da lavagem cerebral da Rede Globo, onde, além de criar “modelos de perfeição”, as coisas, incrivelmente, nesse capítulo, sempre acabam bem: os sonhos se realizam, os amores se juntam e o bandido morre, ou se redime de todos os “pecados”e se transforma em mais um bonzinho da sociedade.

Está no ar o último capítulo de “Sejamos todos iguais”, porém minha televisão está desligada e eu não perco nada com isso, pois prefiro ler um livro e melhorar meu intelecto do que ver bundas, pernas e seios, os quais só plástica, lipo e silicone permitem ter, e que daqui alguns anos não servirão para, absolutamente, NADA.

Ps: Texto escrito há uma semana.

Polar
Enviado por Polar em 20/07/2006
Reeditado em 20/07/2006
Código do texto: T198123