Acredite se quiser

Maria, filha de uma família classe média passara no vestibular e ainda sob o efeito da festa, no primeiro dia de aula na Universidade Federal se destraiu e ficou conversando e terminando uma tarefa da professora do curso de Pedagogia com a sua amiga Yoko. Ao se darem conta de só as duas ali estarem correram para a parada do ônibus.

Lá pelas 23:30hs vem vindo o cristo, mais do que depressa as duas subiram e foram rumo as suas residências.Maria que descia primeiro que Yoko despretensiosamente maliciou a amiga dizendo para ter cuidado com os assaltos, haja vista Yoko residir no Brasil Novo.No entanto, conversa vai, conversa vem e chegou a hora de Maria descer.

Despediu-se da amiga e ficou na parada, da Praça Brasil, que aquele horário já estava soturno. Não havia uma viva alma, quando ela então empreendeu passos no sentido de atravessar a rua na faixa, quando vem vindo um veículo, de marca Fiat, cor vinho.

Maria então prudentemente espera um pouco para ver a reação do veiculo, ou seja, se eles iriam obedecer à faixa ou se iriam ultrapassá-la como é costume em dia claro. Porém, o carro pára sobre a faixa abrindo as portas com um rapaz saltando contra a moça e a agarrando com força tentando puxá-la para dentro do veiculo. Num esforço sem tamanho, arrolado ao medo Maria mede forças com ele num desespero sem tamanho.

Ninguém passa pelo local, a noite escura e fria, calada é conivente com aquela situação. E quando a moça já sem forças parece sucumbir ao que lhe reservara o destino. Eis que da mesma escuridão, numa janela de esperança surge um motoqueiro que apontando sua arma contra os rapazes, como se fosse um cavaleiro errante pede para soltar a moça.Assim como surgiram em meio ao medo partem empurrando-a contra a sarjeta.O carro segue em disparada ao desconhecido.

O motoqueiro, ainda com o seu capacete ergue as mãos a moça e o socorre do chão.Quando tudo parecia sob controle, quando Maria vai agradecer ao suposto rapaz ele diz a ela que é um assalto e toma para si a bolsa, os tênis, os cadernos, o relógio, o cordão, os óculos, a pulseira e a camiseta de marca.Seguindo o mesmo rumo do Fiat.

Maria envolvida num estado de choque, com os seios cobertos pelo sutiens tenta correr para atravessar a rua quando vê dois rapazes correndo em sua direção.

Subsultada ela pensando no que poderia ocorrer e a pobre vai desfalecendo no meio da rua, quando um dos rapazes a toma pelos braços, enquanto o outro segue em direção a uma residência a pedir por socorro.

Lá pelas uma hora da manhã chega a polícia, que a escolta para sua casa a dois quarteirões dali.

Duas semanas seguinte Maria volta a Universidade ainda sob o trauma da primeira noite e conta a Yoko o corrido dizendo:

- Mana quando eu pensei que me livrava o motoqueiro me assaltou, depois que vi os dois rapazes sem camisa correndo em minha direção pensei estou estuprada. Mas os rapazes explicaram que estavam chegando em casa quando viram o motoqueiro apontando a arma a ela.Deram um tempo,pois eles estavam sem armas e correram logo depois para ajudá-la.Depois do susto Maria nunca mais zombou de alguém.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 17/12/2009
Reeditado em 17/12/2009
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