MARCAS DO VENTO
Eu preciso dizer sobre coisas engraçadas e sem sentido
Eu preciso mencionar as caricaturas expostas nas revistas
Preciso falar sobre as notícias e as fofocas dos jornais
Não é preciso ter gosto ou se sentir rejeitado por si
Mas basta ter uma maneira para cada situação
Não temos culpa de sermos quem somos nos dias de hoje
Somos criaturas fantasiadas de monstros do cinema
Se tudo isso passa eu não sei, mas quero tentar ser sincero
Eu quero romper a cela do amor e libertar a inocência
Eu quero ser quem não posso ser
Ser mais que simples amigo e pequeno tropeço
Vendo por cima de cada olhar um lugar mais tranqüilo
Enxergar o que os outros não podem ver mesmo se esforçando
Enxugar a lágrima de cada desilusão causada nesta tarde
Deixar que a chuva carregue toda a tristeza
Permitir que o vento passe sem que eu note sua brisa
Planos eu tenho para mim e para você
Escritos em uma calçada toda manchada de tinta
Lá, eles se tornam apagados com o tempo
Mas aqui, eu sempre precisarei vê-los eternamente
Como seus olhos que nunca deixaram de brilhar para mim um dia
Detesto caras mau humoradas, e detesto gente que não sonha
Gente que não pensa em outra coisa a não ser, ser gente
Aqueles que aprenderam somente a causarem feridas
Esse povo desanima minha necessidade de mudança
Mas hoje não, hoje é diferente, apenas corro atrás do tempo
E das coisas que deixei cair pelo túnel de minha infância querida
Cuidarei sempre das minhas pequenas crianças
Sempre, para sempre direi das coisas que eu achei
*dedicado a todos os sonhadores que nunca desistem de seus ideais!
autor: Danilo Padovan