Chuva de pétalas

Cada palavra é uma flor! Cada letra uma pétala! O alimento do poeta está sempre bem a sua frente, ao alcance de suas mãos. Seu olhar te embala em todas as direções, em silêncio sua alma chora todas as emoções, mas o que ele ambiciona que aconteça cumpre uma missão! E é aquela explosão de amor, cada flor tem sua cor e cada mulher escolhe um perfume.

Dentro de uma igreja oferecendo meus louvores, pois já havia colhido os meus “amores”, levanto minha cabeça quando ela passa pelo crivo do meu olhar, eu disse pela capa do meu novo livro não preciso mais procurar, aquele manancial, aquele “Rembrandt” de rosto angelical.

E quando aquela flor eclodiu numa chuva de pétalas num gostoso “aroma” daquele perfil de mulher e daquele quadro passei a ter zelo e ciúmes! Desfazer este elo é matar tudo de belo, aquilo que a gente só encontra uma vez. E daquela eclosão emana uma profusão de pétalas embaladas pelos ventos veio colorir minhas mãos.

A noite quando o meu ser te chama, de meu ateliê pinto você na cama. Em minha clausura ela aparece naquela formosura, toda cheia de graça entra em minha passarela eu atiro uma flor para ela, mas ela finge que não vê.