VÍCIO DO SEXO

"Diga-me com quem tu andas que te direi quem tu és?" Eis um ditado que desde de criança escutamos e reiteramos sua utilização. Assim, ultimamente, fiz algumas amizades interessantes, com pessoas que jamais sonhei que poderia fazer elos e, no entanto, está sendo hiper agradável. E como é bom andar com pessoas que não são apegadas aos vícios tremendos que tanto nos deixam para baixo, como por exemplo, falar da vida alheia, pessimistas etc.

Nessa nossa vida, por mais que não queiramos, como dizia um velho amigo meu - Belchior - acabamos por tornar iguais aos nossos pais - mas como não acredito no que já vem pronto, como determinados ditados, creio que para mim, infelizmente, não tem nenhuma eficácia. Prefiro a aventura do viver perigosamente, como sempre "bem dito" por Guimarães Rosa, em sua inigualável obra - Grande Sertão: Veredas.

Justamente por ter esse espirito inquieto e não se conformar com o que nos apresenta de imediato pronto, é que tive a deliciosa satisfação de conhecer Aracy, uma senhora de extrema ousadia e humor a flor da pele.

Nessa amizade com Aracy já começo a colher frutos indescritíveis, como a experiência com o sexo.

O sexo de Aracy é gordo, mas corajoso.

O sexo de Aracy é bondoso, caminha sempre junto da gente.

O sexo de Aracy é carinhoso, às vezes começa a morder a perna da gente, então, temos que dá um grito!

O sexo de Aracy é daqueles que, de pronto, já se sabe o valor que tem para ela.

O sexo de Aracy quer cruzar, mas ainda não encontrou uma cadela, êta cachorro danado, deixa a gente viciado nele.

Agora, convenhamos: Aracy não teria outro nome para seu cachorro? Foi exatamente a pergunta que a fiz, obtendo como resposta:

"- Ora, ora, caro Clóvis, estou com meus 80 (oitenta) anos e não vejo esse preconceito bobo, sexo é vida, sexo é prazer, então, nada melhor que batizar meu cachorrinho com esse enigmático nome que tanto faz aflorar confusão na mente das pessoas."

E não é que adorei o sexo de Aracy!!!