Fio da Navalha

Não posso escrever o que penso, não tenho este direito. O meu limite é estreito, tão fino quanto pode ser o fio da navalha.

Todos os dias acordo, abro os olhos, enfrento a realidade, encaro todas as mascaras que encontro no caminho, elas fingem que não me vêem, eu as vejo bem, umas mais falsa que a outra, representam personagens que não são seus, arquétipos de si mesmos, frágeis como papel de seda, papier maché ou porcelana, umas resistem à chuva outras quebram fácil.

Todas parecem representar desejos, sonhos impossíveis, fraquezas pessoais personalidades que gostariam, mas não podem ter.

É inerente a natureza do ser humano, nunca estar contente com o que tem ou com o que é, acha sempre que falta algo que outro tem.

O comercio e a propaganda jogam bem com isto, vaidade, orgulho e inveja, hoje o que era pecado, virou virtude um dom, um talento a mais.

Em palestras motivacionais, especialistas da área, usam o orgulho, a vaidade e a inveja, como predicados que devam ser usados para alcançar metas.

Vira uma verdadeira guerra, um querendo ser melhor que o outro, usando de todos os meios para derrubar quem esta por cima, não importando mais o jogo de equipe, o que vale é o individuo, até o sentido de empresa deixa de existir.

Isidoro Machado
Enviado por Isidoro Machado em 13/01/2010
Reeditado em 14/01/2010
Código do texto: T2028041
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