Enquanto fumava...

Caminhando pelo parque, mal podia pensar ele que algo pudesse mudar seu dia.

O Sol brilhava como nunca, as pessoas caminhavam na velocidade da cidade grande, uma, cem, mil, todas ali, de um lado para o outro, sem sequer preocuparem-se com ele.

Como de costume, sentou-se debaixo de uma árvore, num dos bancos ali presentes, e começou a se preparar para comer seu lanche, era o intervalo para almoço de seu serviço.

Por alguns instantes nada parecia fugir da rotina, ele ali, as pessoas passando e os ponteiros do relógio correndo como sempre, mas algo estava para acontecer breve.

Não muito longe dalí, estava ela, também aproveitando seu intervalo para almoço para ir à uma agência bancária, que ficava bem próximo ao parque. Ela caminhava pelo meio do parque, atravessando-o. Então cruzava pela árvore cujo banco estava já vazio; ele já caminhava rumo ao seu serviço, alguns metros à frente dela.

Como a pressa era grande e o tempo pouco, ela andava em passos mais agitados, enquanto ele caminhava calmamente aproveitado os últimos minutos de seu intervalo. Em questão de segundos ela cruzou por ele, e seguiu seu caminho, sem sequer imaginar o que estava por acontecer.

Ao chegar à calçada da rua que separava o parque da agência, ela parou para atender o celular que tocava.

Enquanto isso, ele que caminhava logo atrás dela, viu um carro aproximando-se e percebeu que ela, distraída pelo telefone, continuava à caminhar rumo à rua. Foi então nesse momento que ele, por reflexo, atirou-se sobre ela para protegê-la, qual nas cenas de filmes. O carro então passou muito próximo aos dois, que logo levantaram-se e voltaram à calçada.

Sem ter o que dizer e sem sequer conseguir respirar, ela simplesmente o abraçou e sentou-se no chão. Ele ainda sem acreditar no que havia feito, ofereceu-a ajuda para levantar-se e ir para dentro da agência bancária, onde ele trabalhava, pois lá abrigaria-a até que estivesse em condições de ir.

Após alguns copos d'água, o susto havia passado, e eles então puseram-se à conversar.

O restante da história ainda está sendo escrito, ele continua com seu emprego na agência bancária do parque e ela ainda está trabalhando alí perto, hoje casados, almoçam sempre próximo ao local onde se conheceram, aqui em meu restaurante de onde presenciei a toda a história enquanto fumava meu cigarro.

Tiago Haruo Ishibashi
Enviado por Tiago Haruo Ishibashi em 27/07/2006
Reeditado em 17/08/2012
Código do texto: T202841
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