Repensando nosso tempo

Pensei que o século XXI traria o desenvolvimento da espécie humana. Biotecnologias, avanço tecnológico em todas as áreas, globalização, a era da informática e da informação.

O homem buscou fora tudo o que tornasse a vida mais prática e rentável. Cruzou mares, subiu às mais altas montanhas, foi à lua, monitorou os planetas, subiu aos céus e, por isto, pensa estar à direita de Deus Pai Todo Poderoso. Aliás, pensa ser o próprio Deus, criador do céu e da terra, responsável por alterações na natureza e na vida humana.

Foi tão longe o homem! E não foi capaz de acabar com as guerras nem com outros cânceres que corroem corpos, corações e almas.

Foi incapaz de propagar e viver o amor, a ética e a verdade, preceitos básicos para a felicidade, a tão sonhada felicidade que diz procurar. Busca a felicidade à custa da infelicidade alheia. Ri da miséria humana. Ignora as dores, as injustiças, as inverdades. Sonega valores morais em prol de materiais. Olha para o seu próprio umbigo, mas diz que todos somos irmãos.

Proclama a esperança, mas suprime a educação.

Dá vários bois para entrar numa guerra e centenas de vidas para permanecer nela.

Engana. Forja. Sabota. Mente. Dissimula. Oculta. Engana...

O ser humano é bom nisso. A verdade de cada um está por aí, para todos verem. Mas a maioria não quer ver, não quer mudar, discutir, ficar “mal” diante dos inúmeros eleitores, clientes, subservientes.

E fingem não ver o que é real, o que aí está.

Tudo passa, tudo pode mudar, amanhã o hoje é ontem,

mas agora eu não sei em quem confiar.