Escrever, o que... Pra quem?
Augusta Schimidt
 
Escrever é bom! Devaneios, anseios, utopias que se refugiam por detrás da caneta e se aventuram em saudades, memórias, esperanças, historias...
Escrever é assumir um compromisso do passado com o futuro, fazendo do presente o elo de união.
Quando o que escrevemos atinge certo numero de leitores, o ato atinge proporções gigantescas, pois o texto que sai espontâneo e livre torna-se responsável por paixões, revoltas, decepções, confortos, duvidas e até num “presta atenção” para parar pra pensar...
Colocar idéias no papel é tornar o pensamento definitivo e imutável e por mais que sigamos a evolução do cérebro e mudemos a forma de pensar, provocamos uma certa revolução ao expormos o que sentimos.
A maior responsabilidade de quem escreve é apresentar idéias firmes, positivas que despertem no leitor o prazer.
Bom seria escrevermos sempre a poesia da vida... Manhãs de sol, céu estrelado, flores, amores, emoções...
Colocar no papel o cheiro da terra molhada, o azul das borboletas, o murmúrio das fontes ou o estrondo das cachoeiras.
Mas como optar sempre pela beleza se o horror existe e nos ronda e nos atinge friamente todos os dias?
Como fingir que a vida é eterna poesia se a violência física e moral nos atravessam as entranhas a todo o momento de forma alarmante e cruel nos roubando o direito de sonhar?
Escrever é tarefa sublime que purifica o espírito e nos dá sensação de paz... Mas só de vez em quando.
 
Campinas/20/01/2010
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