Pelo amor... Não meu bem é Poliamor

Existe na convivência algo realmente incomum com o passar do tempo. E afirmo isso por acreditar nas boas intenções das pessoas.

Quando realmente sinceras notaram com facilidade cheiros, olhares, afinidades de pensamento e comportamento numa acuidade tão prática, que os mais desatentos se tornam meros espectadores diante delas. Porém, é claro que isso não é regra, existem as exceções. E conforme o grau de maturidade e adaptação de cada um, pode superar diferenças, que em alguns casos impossibilita um simples:

"olá como vai?"

A arte de conviver é justamente compreender o outro, repito em caixa alta: COMPREENSÃO. Talvez seja isso que motiva a esperança dos menos fortuitos no entendimento das relações humanas. Psicólogos teriam dezenas ou até centenas de teorias para nos apresentar e cada estudo, analise ou comparação do comportamento humano deixa de ser único, para tornar-se um padrão e assim de algum modo criar um parâmetro geral de observação. Excepcionalmente o diferente para muitos é comum para poucos, o que desperta diversos desdobramentos e novas opiniões.

Exemplo: Quando foi a última vez que num diálogo preferiu ouvir do que falar, mesmo quando o assunto, não fosse de seu interesse pessoal ou profissional?

Se conseguiu responder essa questão antes de prosseguir para o próximo parágrafo, certamente é um eximo anfitrião. Do contrário deve gostar tanto de ouvir a própria voz que não será capaz de responder com precisão ou sequer interessar-lhe tal questionamento.

De tanto ouvir, ler e sentir esses padrões, diferentes entre si, deixamos ou esquecemos de viver de maneira mais simples. Notar o olhar, sentir o cheiro, enfim, gostar de estar com sua companhia depende apenas de um simples gesto: Curiosidade e vontade. Os passos seguintes serão acrescido de conhecimento e diálogo complementares, algumas pessoas tem a facilidade, talento ou dom de compreender as pessoas pelo olhar. Por isso se antecipam em descobrir ou encontrar soluções, porém a grande maioria nem sempre é o bom observador e/ou ouvinte.

Mas escrevi tudo isso porque estou me sentindo um dinossauro, acabo de ler um curioso artigo sobre Poliamor, do inglês Polyamory, trata-se de um relacionamento extremamente aberto onde convivem duplas, trios ou quadras, nesse tipo de relacionamento que descreve relações interpessoais amorosas que recusam a monogamia como princípio ou necessidade.

Li até sobre evolução do amor. Verifico apenas uma maneira de tentar tornar aceitável para nossa sociedade novos "valores" de comportamento social e sexual, e recriando um conceito próprio de felicidade, para satisfazer os impulsos carnais sem a culpa que os adágios, tradições culturais e dogmas religiosos podem impor.

Não vi nada de novo, com o advento da internet o slogan: “eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”, ganhou novos adeptos e uma nomenclatura diferente, alguns países já tem até dia comemorativo em Londres e em Nova York. Fico pensando aqui como estou jurássico. Será que é realmente possível nos dias atuais ser tão amplamente "amável"?

Romântico e cativador de versinhos, cada dia que passa sinto mais falta das canções do Cartola e dos poemas do Vinícius...

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 21/01/2010
Reeditado em 28/01/2010
Código do texto: T2042617
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