MÊS DO FOLCLORE

Relembrar as tradições.isso é o que se propõe neste mês de agosto.

Mas quais são elas? Onde estão estas histórias?

Para alguns, guardadas daqueles que já passaram dos 50.

Pois é! De novo eu falo dos anos 50 que fazem parte importante de nossa memória cultural. E quanta coisa relembramos com carinho!

Velhos pousos de boiada, onde os peões se reuniam depois de uma cansativa jornada diária para pinicar a barriga da viola e jogar conversa fora.

As praças das pequenas cidades, como a nossa, com os queridos jardins, aonde as moças iam de um lado e rapazes de outro, no início dos passeios.

Pouco depois eles as escolhiam e aí, seja o que Deus e eles quisessem.

Lembro-me das danças de catira e dos jogos de truco, sem nenhuma aposta. Normalmente isso acontecia depois de um mutirão bem participado, em que os vizinhos se ajudavam mutuamente.

Numa outra crônica falamos dos velórios e enterros da zona rural.

Temos que retornar ao assunto, pois isso rende bastante comentário e boas risadas.

Nessas ocasiões além das rezas, cantos e comilança havia também paqueras entre os jovens (parentes ou não dos falecidos).

Os mais católicos hão de se lembrar das de velhas irmandades hoje praticamente extintas: Cruzada Eucarística Infantil, Filhas de Maria, Congregados Marianos, etc.

Talvez em vista do aconselhamento de alguns padres que preferem católicos de fato e não de fita, como o saudoso Padre Mario Del Sante.

E as nossas tradicionais Romarias Paroquiais ao Santuário Nacional de Aparecida, tendo à frente o saudoso e querido Padre Benedito Rodrigues da Cunha (o Padre Rosalvo dos anos 50).

Saíamos na segunda feira bem cedo e retornávamos na quarta-feira à tardinha, passando o dia de terça-feira na cidade de Aparecida, entre cantos, orações e passeios.

Relembramos as alvoradas das festas.Muitos aprendiam as músicas e iam assobiando-as, atrás da Banda (Corporação Musical São José).

Quanta coisa bonita e tradicional existia! Hoje só ficaram as lembranças.Espero que haja alguém disposto a assumir o resgate dessas tradições que estão indo embora.

Carvalho Santos
Enviado por Carvalho Santos em 29/07/2006
Reeditado em 25/06/2009
Código do texto: T204589