Meu... Sei lá quantos amores

Sem nada para fazer num domingo chuvoso à noite, acabei assistindo o Fantástico. Entre as diversas reportagens que vi, uma em especial me intrigou. Era uma pesquisa sobre o comportamento amoroso dos jovens brasileiros, confesso que me surpreendi – e olha que é bem difícil eu me surpreender com alguma coisa neste mundo cão de meu Deus. Vamos às constatações da pesquisa: os jovens perdem a virgindade aos 14 anos em média (normal!?), a maioria esmagadora dos jovens casais já sofreram agressão física ou verbal do parceiro e pasmem, as garotas são tão ou mais agressivas que os garotos (PORRA!).

Porem, não é bem a violência que eu vim abordar não. Pelo menos não especificamente. O fato é que os jovens de hoje estão iniciando sua vida amorosa cada vez mais cedo, e quando digo vida amorosa incluísse aqui o sexo. Hoje se as meninas chegam ao quinze anos sendo BV (boca virgem) e ao dezoito sendo virgem mesmo, as amigas logo vão dizer que ela é problemática ou está se guardando para o Príncipe Encantado. No caso dos homens, subtraia no mínimo dois anos dessa conta e acrescente o popular apelido de “cabaço” entre os colegas.

Não querendo ser purista (não tenho muita moral para isso), vê-se que apesar da iniciação prematura em relacionamentos amorosos, os jovens não estão amadurecendo na mesma escala. Constata-se isso no número de parceiros que cada jovem tem por ano, na duração de cada relacionamento e sim, na qualidade destes relacionamentos. Beija-se mais cedo, namora-se mais cedo, coisa-se (coisa-se?) mais cedo, termina-se mais cedo e outro namorado (a) é escolhido mais cedo ainda. O mais engraçado é que todos os parceiros recebem apelidos carinhosos e juras de amor eterno, que não duram lá muito tempo.

Os relacionamentos acabam ficando fúteis, apenas pela busca do prazer e do “status” entre a galerinha. Não que beijar na boca e outras coisas mais não sejam um bom estimulo, mas o fazer isso com uma pessoa que você realmente gosta, respeita e admira é muito melhor.

A sociedade também tem seu dedo de culpa nisso. Quem conhece o mundo jovem de hoje sabe que isso é meio que uma imposição: eu tenho que ser assim porque todo mundo é assim. Basta analisar um pouco as novelinhas teens cada vez mais insinuantes, total reflexo do mundo adolescente.

Me lembrei do filme do Macaulay Culkin com aquela menininha que esqueci ou não sei o nome, Meu Primeiro amor. Acho que aquilo é quase uma utopia hoje, mas quem sabe. Há sempre uma luz no fim do túnel, às vezes é a salvação, mas às vezes é o trem.

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