"NEM TUDO QUE RELUZ É OURO" Crônica de: Flávio Cavalcante

NEM TUDO QUE RELUZ É OURO

Crônica de:

Flávio Cavalcante

É de fato extraordinário o arrumadinho da vida. O ser humano pode ser inteligente, criador de beneficieis para suprir suas necessidades; mas, quando se trata de percepção, aí vemos o quanto ainda não saímos do primeiro degrau do aprendizado.

O dito popular é de natureza profunda e merece ter uma atenção especial. “QUEM VÊ CARA NÃO VÊ CORAÇÃO”. Nem tudo que reluz é ouro. Toda pedra preciosa, precisa ser lapidada para que ela possa ter algum valor monetário.

Muitas pessoas na condição de matéria brilham, adquirindo riquezas e patentes, chegando muitas vezes a serem graduados á superiores do cargo que exercem, por força de alguma circunstância da vida.

Na maioria dos casos, são pessoas ásperas, totalmente desprovidas de humildade. Adquiriram impérios materiais e são paupérrimas de alguma evolução espiritual.

A ausência de humildade é sinônimo de insegurança própria. Há pessoas que se acham autoconfiantes, pelo fato de liderar uma equipe em uma determinada empresa. Age como se fosse o próprio dono e ainda destrata seus subordinados, pisando-os e humilhando-os, tudo para mostrar ao empresário uma competência que só ele enxerga e se achando assim o todo poderoso, o dono do mundo, podemos dizer assim.

A prepotência, o individualismo e o abuso de “PODER” são as marcas registradas destas pessoas que vivem em função de derrubar o próximo pra alimentar sua incompetência diante de uma situação que o mesmo se julga competente.

O brilho da pessoa auto-confiante, reflete na humildade, no bom caráter, no crescer pelo seu trabalho. Podemos ver cada um destes perfis em um ambiente de trabalho de uma empresa qualquer por menor que ela seja. Uma chefia auto-confiante é admirada por todos da empresa e tem um relacionamento de patrão – empregado na mesma linha de igualdade. São pessoa de peito erguido, que encara qualquer situação fora dali e não tem medo de um desligamento da empresa pela segurança de sua competência.

Já não podemos dizer a mesma coisa dessa mesma chefia que carrega toda uma prepotência, devido ao fato de serem encurraladas por um medo inominável de perder o único emprego de sua vida. Quanto maior rancor depositado em cima deste cidadão pelos seus subordinados, mas se têm a idéia do medo que ele carrega de si mesmo, por não vir á sua frente uma outra chance na vida a não ser segurar com unhas e dentes a oportunidade que um dia algum amigo lhe deu para ocupar um cargo que ele jamais ocuparia em outro lugar.

Essas pessoas podem até ter brilho aos olhos de alguém; até o dia que o anfitrião resolver mandá-lo embora. Aí se vê uma mudança despencada como uma pequena pedra em cima de um precipício. O medo de não ter outra chance invade veemente o seu ser e a humildade forçada passa a dominar a situação, esquecendo do que foi praticado de ruim por aqueles que agora poderiam ajudá-lo a dar a volta por cima. Por isso que deixo marcado aqui “NEM TUDO QUE RELUZ É OURO”

- FIM -

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 30/01/2010
Código do texto: T2060317
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