A liberdade de escolha

Além do Opinião Jornal, meu relacionamento com o público leitor tem-se ampliado consideravelmente através da participação pela internet, em minha página no site do Recanto das Letras, passando assim a ganhar oportunidade de absorver opiniões de centenas de poetas, escritores, pensadores etc., mesmo que a maioria seja de amadores, que apenas gostam de ler e de escrever. Muitos demonstram que estão à procura de aprendizado e outros demonstram querer mostrar sua sapiência, enquanto os demais participam de alguma forma com as suas criações e ideias; com isso, o campo de norteamento para meus textos cresceu muito.

Tenho notado que existem pessoas “especializadas” em ateísmo e que ainda se esforçam ao extremo para demonstrarem para o mundo que Deus não existe, ou seja, que Ele é um mito criado pelas religiões, a fim de refrear as maldades dos homens, através do medo pelos “castigos divinos”. Por esse caminho eles procuram provar que estão absolutamente certos nos seus conceitos, mostrando as incongruências da Bíblia e as controvérsias entre as religiões. Acontece que eu entendo os sentimentos desses “hereges”, pois já fui participante da “ateulogia”, até quando encontrei as respostas aos questionamentos que me atormentavam (vide a crônica: Mistérios e dogmas), ao tomar contato com a revelação da Verdade desvelada por Deus ao Grande Mestre Mokiti Okada, que veio cumprir a missão de espalhar os ensinamentos divinos nestes momentos cruciais de grande transformação.

São hilários os argumentos que o ateu encontra para “provar” a inexistência do Supremo, isso simplesmente porque o foco das suas opiniões ferinas está nas citações bíblicas, que já cumpriram a sua parte importante de manter a humanidade viva até hoje, porém “a fila anda” e nós, através de inúmeras experiências pelas reencarnações por aqui, não podemos aceitar mais, por exemplo, a virgindade de Maria, a fecundação do seu filho pelo Divino Espírito Santo, o pecado original e demais baboseiras; isso tudo foi criado pelas igrejas, para mostrar a divindade de Jesus, que é indiscutível, porém através dos seus feitos e pelo legado que ele deixou para o Mundo e não por crendices impostas, que são um prato cheio para os questionadores. Papai Noel só existe para a criança pequena, e o bicho-papão já está desacreditado há tempos; é por isso que o ateu deita e rola quando mostra o quanto Deus é injusto, por permitir que uma adolescente seja estuprada, quando pobres perdem suas casas em catástrofe, e assim por diante, acabando por desqualificar a misericórdia de Deus e a Sua onisciência.

No momento em que o ateu inteligente descobre que tudo foi criado pelo Supremo Deus, inclusive as forças negativas e positivas, para que através do conflito entre elas o ser humano evoluísse em individualidade, por muitas encarnações até chegar ao nível de divindade, em plena concordância com o próprio sonen (razão, sentimento e vontade), ele mesmo compreenderá a magnanimidade do Criador em outorgar ao homem o grande poder de escolha. O livre arbítrio desvincula o intervencionismo de Deus no destino do homem, ou seja, quando o homem faz a sua escolha estará decidindo o seu caminho rumo ao crescimento ou à derrocada espiritual. Deus apenas cumpre Suas leis naturais, sempre em concordância com as escolhas de cada indivíduo – caso o sujeito ache por bem agir no ritmo da negatividade, assim será a resposta natural à sua escolha, na mesma proporção da ação, sem o mínimo erro, porque Ele é onisciente, onipresente e onipotente. Deus não seria absoluto se agisse de forma incoerente com os débitos ou créditos espirituais de cada um, ou seja, para Ele todos são iguais perante a Lei Universal.

Nunca, em hipótese nenhuma, na sua pequenez ignorante e teimosa, alguém poderá provar a não existência de Deus, por mais que esperneie, brade aos quatro cantos, escreva livros e mais livros ou até faça propaganda dos seus conhecimentos acadêmicos, porque todos os seus argumentos serão facilmente rechaçados, um a um, por quem tomou contato com a Verdade revelada por Deus, que está aí para quem tiver o espírito de busca conhecer, sem preconceitos e sem arrogância. _Pois é, cada um sabe de si.

Moacyr de Lima e Silva
Enviado por Moacyr de Lima e Silva em 06/02/2010
Reeditado em 06/02/2010
Código do texto: T2072915