LEMBRANÇAS SAUDOSISTAS

Hoje, acordei-me saudosista.

Lembrei-me do meu tempo de pré-adolescente; dos amigos e amigas que se reuniam todos os fins de tarde para as brincadeiras; dos meus super-heróis favoritos (Thor e Demolidor); da minha professorinha de Matemática (Isabel); da minha primeira namoradinha (a menina Isa)...

Lembrei-me dos tempos idos e dos sonhos infantis que neles se perderam (ser médico pediatra ou oftalmologista, por exemplo); dos passeios pelo pátio da escola com Isa e dos encontros relâmpagos que, inocentemente, tínhamos no início da noite; do meu primeiro beijo (um inocente selinho). E de lembrança em lembrança, lembrei-me, enfim, da mais arrebatadora das minhas paixões: Antonia Cleide (ou simplesmente Toblerone), paixão esta responsável por todas as dores que maltratavam o meu coração já adolescente, mas também pelos muitos momentos de felicidade que habitaram o meu peito.

O saudosismo às vezes nos deixa angustiado, com saudades de um tempo que não volta mais, mas em muitos casos nos faz bem. E se realmente “recordar é viver”, sinto que hoje rejuvenesci uns trinta anos.