Meu amor, meu mesmo

O meu amor morre e meu amor nasce mesmo quando estou sozinho e se não aparece ninguém e, continuo...

Dependendo como acorda,

pelo sol da janela ou barulho da porta,

meu amor me ama ou me odeia.

Surpresa!

Meu amor também me joga na cama e leva pra mesa...

Tutitú tutitú!

E me da sua... arrám arrám

Ele anda chulo, as vezes meio puto.

Mas não é culpa minha, juro.

Pelo ao menos não tudo.

A culpa também é do mundo.

E sua!

Meu amor as vezes é chato e toma umas drogas,

fica apaixonado.

Aí ri, chora, machuca, come, morde, fuma, chupa, transa.

Ama na cama e... Na mesa, com uma puta ou com uma princesa.

Amor fada safada! Faz de uma suada pipoqueira uma alteza...

Toma danada!

Meu amor anda cheio, e abraçaria sem receio mais da metade do mundo inteiro.

Aí parece rodeio, coisa de malandro, de gente sem coração, mas não! É problema de falta de medo, meu amor anda corajoso e gostoso, apaixonado, por tanto muito dado, fácil.

Mas também guarda e escolhe seus lados, se entra ou fica de fora, bem bem ou ralado, se arranha ou põe mertiolate e esparadrapo, escolhe colhendo flores e cactos e entre estes ainda...

Meu amor é fauna e flora, no tempo brinca... Sim meu amor tem tempo, mas não tem hora. É pra ontem e foi pra agora... E depois...:

Depois, futuro...

Horas bolas! Essas coisas não rola, são horas! E meu amor não tem essas nóias, não agora.

Sim ao agora!

Meu amor pira nas mulheres de verdade, poucas...

Meu amor endeusa minha mãe e a tira da natureza, da realidade.

Parte do meu amor não precisa de sexo, por isso tenho amigos certos.

Meu amor também crê no que não vê ou tem olhos que não posso entender.

Meu amor é mais que eu e você.

Você e eu...

Meu amor sou eu. Sou eu!

E o mais, é nada mais entre nada menos, que parte do jubilo meu...

((Auto-reflexão (sem espelho) sobre meu amor) Quer um cadim?)

Enzo Pinho
Enviado por Enzo Pinho em 18/02/2010
Reeditado em 20/02/2010
Código do texto: T2093860