Tributo aos Mamonas

Esther Ribeiro Gomes

Eles passaram feito meteoro e encantaram crianças, jovens e velhos.

Foram unanimidade e a única banda a vender dois milhões e meio de discos em seis meses!

Sem dúvida, um fenômeno! Tinham um grande talento, aqueles meninos!

Eu me recordo com saudade daquelas músicas engraçadas, irreverentes, que alegravam a todos. Eles surgiram numa época triste da minha vida e me ajudaram a levantar o astral...

De todos, eu tinha especial carinho pelo tecladista Júlio, com sua carinha de menino carente.

Ele teve uma premonição do acidente, tendo sonhado com ele!

O cabeleireiro que frequentava mostrou um vídeo exibido na TV, onde ele contava esse sonho (ou seria pesadelo?) na véspera da tragédia.

Nas viagens que faziam para cumprirem os inúmeros compromissos,

Dinho sempre dizia temer que o avião caísse...

E o pesadelo transformou-se nessa triste realidade!

Amanhã, dois de março, fará 14 anos que eles se foram...

Lá no céu, os anjos deviam estar aborrecidos, então Deus os chamou para levarem alegria! Será por isso que às vezes escuto um barulho engraçado vindo lá das nuvens?

Dinho, Bento, Samuel, Sérgio e Júlio, que Deus os abençoe e até um dia!