APENAS UM SONHO”
 
 


Não sei se foi influência  do romance de Richard Yates “Revolutionary Road”, levado à tela do cinema com roteiro  de Justin Haythe e interpretação de Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, com o título aqui pra nós de “Apenas um Sonho”, que me levou a ter o meu próprio sonho, diferente do de Frank e de April , já que o meu foi um sonho dormido
 
No meu sonho eu parecia perdida em algum lugar do passado, caminhando por estranhas terras, sem saber ao certo se caminhava para frente ou andava para trás e embora tão dispersa entre todas as coisas e contingências eu procurava  um rosto já sem traços, que teimo em não esquecer . E sem mais forças para mais um passo sentei-me debaixo de uma árvore  e encostei minha cabeça no seu tronco firme. Ao sentir essa firmeza, vi-me como  Zaratustra, quando  disse: “Se eu quisesse sacudir esta árvore com as minhas mãos não poderia; mas o vento que não vemos, açoita-a e dobra-a como lhe apraz. Também a nós outros, mãos invisíveis nos açoitam e dobram rudemente!.
 
Foi quando os primeiros raios da manhã invadiram o meu quarto e eu acordei para dar bom dia ao pequeno jornaleiro , mas antes desliguei o DVD, o aparelho de TV , o computador e apanhei de sobre o tapete Revolutiony Road , Assim Falou Zaratrustra, a capa do DVD do filme Foi Apenas Um Sonho, um celular que nunca toca, uma caneta, um bloco de notas e uma taça virada... Ah, sim, também, uma foto rasgada ao meio
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 02/03/2010
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