Dia da Mulher

O que dá valor a uma homenagem é o mérito de quem a recebe. Pode-se construir artificialmente uma homenagem. Especialmente com os recursos da comunicação e da publicidade, sempre ao alcance de grupos econômicos, políticos e ideológicos.

Algum dia nosso mundo será melhor? Não sei responder. Só sei que ele nunca será melhor, sem a colaboração da mulher. Da mulher entendida em sua essência. Na natureza que Deus lheu deu ao criá-la. E não na mera função de enriquecer empresas e divertir platéias. Mas consagrada à tarefa da vida. Na construção de homens de verdade. Exatamente daqueles de que o mundo está precisando.

É isto o que me inspira a lembrança do Dia da Mulher.

A mulher é portadora da vida, não só enquanto geradora, mas também como a que tem por missão dar sentido à vida gerada. É o projeto de Deus: a mulher como a educadora. Nisto Deus conta com a mulher de modo especial. De tal forma que, quando a mulher falha nessa missão, o ser gerado levará para o resto da vida a marca dessa falha, como um vazio que não foi preenchido, como uma atrofia de difícil correção.

Os dons voltados para a vida, colocados por Deus na mulher, são de uma evidência plena. O homem não os possui. São propriedades específicas da mulher. O quotidiano, bem observado, permite-nos ver isso com clareza.

Esse parentesco intrínseco da mulher com a vida faz dela um real tesouro dentro da Humanidade.

Não é assim que o mundo do materialismo vê a mulher. Sua miopia amarrada ao ter, não lhe permite ver que a mulher é voltada para os valores do ser. Aqueles mesmos valores (os valores de Deus), cuja falta faz a Humanidade sofrer tanto.

A miopia do materialismo não ultrapassa a superfície da aparência. E transforma essa superfície em objeto de mercado. Corrompe a mulher, para distanciá-la de sua essência e reduzi-la a produto lucrativo. E faz isso com melancólico sucesso, pelo fato de Deus ter colocado na mulher toda a beleza que o seu amor inspirou. E assim, essa maravilhosa oferta de Deus é explorada contra o próprio Deus.

O mundo materialista mantém a mulher sempre ocupada. Em ganhar dinheiro. Em cuidar do próprio corpo, de maneira obsessiva. Em exibir suas aparências. E em vender suas qualidades a baixo preço. O que importa para o mundo materialista, é que ela não tempo para a vida. Não tenha tempo de ser mulher. Seja só objeto.

É nesse panorama borrascoso que se celebra a homenagem.

Qual homenagem?!