NÃO FUTUQUE COM VARA CURTA, ACONSELHO.

Estive pensando, que sempre existirá alguma coisa com a qual nos preocuparemos ao longo de nossas vidas. Seja no inicio no meio, e no final de ano; então nem se fala, sobram as nossas preocupações.

Mas chega um tempo em nossas vidas, que não dá para incomodar-nos com tudo o que acontece no mundo: questões não resolvidas dos visinhos, os problemas dos amigos e principalmente, as queixas e interferências dos nossos familiares.

Quase sempre é: um casamento que deixamos de freqüentar; um batizado que não foi possível ir e outros incômodos corriqueiros pelos quais passamos. Quando não entreveros, com pessoas amigas, vizinhos ou da própria família, em encontros casuais ou predefinidos.

Sabemos não ser fácil a convivência com ninguém. Por vezes é difícil até mesmo aturar-nos. Porem o tempo urge, graças a Deus, e chegamos a um ponto em nossas vidas, que não aturamos as mesmices. Espanamos com uma vassoura o lixo debaixo do tapete, jogamos tudo em pratos limpos, um abraço, chau e benção.

Se há uma coisa que eu fico danado é quando alguém vem dando uma de psicanalista, “avulsa”, e sai rotulando os outros e lhes atribuindo algum tipo de TOC, (transtorno obsessivo compulsivo), sem sequer ponderar a iniciativa de interferência errônea e depreciativa da psique do outro, para glorificação da sua perante o grupo.

Partindo do principio, que toda unanimidade é burra, até que daria para aturar determinados comentários maquiavélicos. Mas a partir do momento que não há unanimidade, apenas um pequeno grupo reunido, não se faz aconselhável futucar o outro com vara curta.

As pessoas tornam-se calejadas de ver, ouvir e sentir as aferroadas; só não podemos esquecer que há o dia em que a casa cai. E cada uma delas fala para si mesmo: Não dá mais. Não quero mais me sentir buscando o que não perdi. Não quero mais Tentar agradar para ser aceito... Sempre tentando, dês, vinte, trinta anos! Estou fora... Sabemos, pois, que cada ser humano tem os seus problemas, mas nem por isso se faz necessário, alfinetar o outro por sentir-se alfinetado, com fatos do passado ou mesmo por incômodos do presente. Mas que culpa carrega alguém, que nada me fez? Que culpa se tem da infelicidade instalada, se esse alguém não a instalou? Que culpa se tem, se cada pessoa constrói o seu próprio mundo? Claro, eu quero construir o meu mundo sim, mas bem longe desses métodos de proceder; desse tipo de pessoa que não me faz crescer em nada e só arrastam os outros para um abismo que não são deles, mas destes seres humanos de mentes doentias, retrógadas e castradoras da liberdade e do direito do seu próximo, embora nem sempre tão próximos.

Rio, 13/03/2010

Feitosa dos Santos