NATUREZA MELHOR AMIGA DO HOMEM

NATUREZA MELHOR AMIGA DO HOMEM

No dizer popular o cão é o melhor amigo do homem. Concordo plenamente, mas se tivesse de escolher um, entre ele e a natureza, eu diria que ela o supera em todos os sentidos. Digo isso por experiência própria. E tenho prova nítida e clara. Um documentário ecológico que por questão de justiça credito a minha esposa, pelo mérito de seu trabalho e dedicação.

Sonhávamos com uma paisagem ecologicamente correta. Nosso esforço ao construí-la, foi coroado de êxito pela natureza, toda generosa, ela acalentou nosso sonho automatizando com precisão e magia. E ainda nos deu de brinde uma fantástica fauna. Com ela vieram pequenos animais silvestres, inumeros passarinhos, seriemas, sabiás, incontáveis especies de colibris e canarinhos numa hamonia contagiante. Escolheram ali, sua moradia, o nosso cantinho da roça, aonde vão construindo seus ninhos, recebendo nossa proteção, e em troca nos dão alento ao coração. Uma verdadeira orquestra ecológica com seu belo gorjear. E completando temos a flora contribuindo com sua exuberância.

No seu lindo amanhecer, o sol chega irradiante, enchugando o sereno da verdejante paisagem molhada pelo beijo da natureza. Em nosso jardim desabrocham flores matizadas e coloridas recebendo os colibris que ali vem saciar do precioso néctar. Dividido com as abelhas e outros. Espécies diversificadas de insetos coloridos. O que antes era uma paisagem vazia sem vida, hoje está bela, colorida, inumeras flores. Arvores acenando para o infinito, como numa prece de agradecimento ao criador..

É neste belo cenario que vejo a tarde agonizar, quando o sol mergulha no horizonte e a revoada das aves que passam pelas alturas, acima dos montes indo à busca de suas pousadas. As sombras que aos poucos se arrastam pelas encostas serras e monte vão puxando o manto divino da noite bordando de estrelas o infinito universo. Minha admiração é testemunhada por significativo numero de centenárias guarirobas, estáticas encimadas por seus leques verdes acenando para o infinito. Seus troncos esmaecidos desgastados e corroídos sinalizaram a passagem de alguns ancestrais que há mais de um século ao plantarem, marcaram muito bem sua passagem na história. O perfume das flores que se mistura com o aroma silvestre sendo carregado pela brisa, viaja no profundo silencio da noite. Silencio este, vez em quando quebrado pelo grito estridente do urutau no seu hábitat noturno. Ao fundo bem no meio da escuridão confundem as silhuetas do que restou de uma mata, nela ouve-se o resmungar de sobreviventes primatas. Que segundo a teoria são nossos antecessores.

"No dizer popular como reza a lenda."

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 16/03/2010
Reeditado em 16/03/2010
Código do texto: T2141229
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