Parasitas da Nau Terra

Parasitas da Nau Terra

Por: Washington M. Costa

Aquecimento global; Esgotamento dos recursos naturais; efeito estufa. São assuntos exaustivamente discutidos e debatidos na contemporaneidade. Porém, proponho uma visão mais realista e evolucionista (alguns dirão niilista) acerca deste tema.

Imaginem nosso planeta terra... mentalizem-no... Agora o comparemos a uma grande nau chamada Terra, singrando vastos mares. Pergunto-vos então: qual seria o papel do ser humano nessa embarcação imaginária? Provavelmente nosso “ego coletivo” diria que representaríamos o timoneiro ou o capitão. Desacertada resposta seria esta! O papel que caberia ao homem, é bem menos “glamouroso”. Pois o ser humano encena seu ato nos sujos porões da nau chamada terra, a ele caberia o papel de um infecto roedor, isso mesmo, ratos transmissores de doenças, que por vezes vitimam todos os habitantes da embarcação. Porém, por mais catastróficas que sejam as enfermidades transmitidas pelos ratos, a nau Terra continua a singrar os oceanos do tempo, e logo chega a novos portos, e logo chegam novos navegantes, enquanto os ratos, sucumbem diante de sua própria peçonha, vitimas de sua superpopulação, de sua atitude parasita para com o seu próprio habitat.

Com essa metáfora, quero colocar em debate que a questão ambiental não é da destruição do planeta, mas sim, da continuidade da espécie humana. Nosso planeta já passou por mudanças climáticas naturais muito mais severas do que as que provocamos e estamos debatendo e tememos viver. Muitas espécies desapareceram nessas mudanças naturais, outras surgiram do processo evolutivo, que é um ciclo infinito, ou seja, que jamais se fecha.

Enfim, o planeta sempre se recupera, mesmo que demore milênios. O fato é: se o ser humano não frear a degradação ambiental, não rever seu modo de vida “parasita”, ele fatalmente vai figurar entre as espécies extintas, além de arrastar consigo outras tantas espécies da fauna e da flora. Já o planeta Terra, ele continuará singrando os mares do tempo, enquanto seus habitantes sobreviventes seguiram na extraordinária jornada da evolução.

Washington M Costa
Enviado por Washington M Costa em 26/03/2010
Reeditado em 07/04/2010
Código do texto: T2159601
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