ESTRANHO DESCONHECIDO

Aquele que pensei que conhecia

Que pra ele me entreguei

Que permiti que penetrasse nas minhas entranhas

Aquele que se mostrava amável e afetuoso

Que me olhava com olhos doces

E com esses mesmos olhos, me admirava

Que era meu Porto Seguro

Com ele me sentia protegida

E pra ele confiava minha vida

Parecia ser meu melhor amigo

Hoje não o conheço mais

É um estranho desconhecido

Já não me entrego mais

Arranquei das minhas entranhas

Se tornou frio, indiferente e insensível

Me olha com olhos de raiva

E com esses mesmos olhos, me odeia

Meu Porto Seguro é a minha falta de medo

Quem me protege sou eu desse estranho

Confio minha vida a mim e a este desconfio

É meu maior inimigo

Que ainda dorme comigo...

Maysa Barbedo
Enviado por Maysa Barbedo em 14/08/2006
Reeditado em 30/09/2006
Código do texto: T215964
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