UM GRANDE DESAFIO




O filme, baseado em fatos reais, chama-se “O Grande Desafio” (The Great Debaters”, “Os Ótimos Debatedores” em português), tem a competente direção de Denzel Washington, e como astros principais ele mesmo e Forest Whitaker, que considero um imenso ator, assim como Denzel.

         Ambientado em 1935, Denzel interpreta um professor da universidade para negros Wiley College, no Texas e que usa métodos de ensino pouco convencionais, tornando-se irritante em determinadas ocasiões, principalmente pelo seu sarcasmo. Além disso, é um líder ligado a sindicatos da região tendo uma visão política radical, o que o torna perseguido pelas autoridades policiais. Acaba preso, mas é imediatamente posto em liberdade devido manifestações populares a seu favor.

         Uma de suas maiores virtudes é possuir o dom e o poder das palavras para motivar seus alunos, o que o levou a formar uma equipe de quatro deles – entre muitos outros – a participar de vários debates universitários com temas sempre polêmicos. O clímax do filme é um debate de sua equipe de alunos negros com os alunos brancos da Universidade de Harvard. Uma obra prima.

         Mas não vou me estender mais sobre o filme para não estragar o prazer de quem ainda irá assisti-lo.

         O que me leva a escrever este texto é justamente um dos pequenos diálogos motivadores que ele aplica a seus alunos durante o treinamento para o primeiro debate, e lembrado por estes antes do debate final em Harvard.

         “Quem é o juiz?”
         “O juiz é Deus.”
         “Por que Ele é Deus?”
         “Porque Ele decide quem ganha ou perde e não, o meu adversário.”
         “Quem é o adversário?”
         “Ele não existe.”
         “Por que ele não existe?”
         “Ele é apenas uma voz que discorda da verdade que eu digo.”

         Esse diálogo de apenas oito frases nos diz tudo, dando-nos forças para seguir sempre em frente encarando todas as adversidades possíveis, sejam os fracassos, as doenças, os desafios, as desavenças, as ofensas e até os inimigos visíveis e invisíveis.

         Guardo-o junto com meus documentos pessoais para que, sempre que sentir necessidade possa lê-lo, lembrando a força que possuo e refletindo sobre a melhor direção a seguir.

         Pode ter certeza. Dá certo!

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Arnaldo Agria Huss
Enviado por Arnaldo Agria Huss em 26/03/2010
Código do texto: T2160301
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